Ibovespa (IBOV) hoje tem liquidez baixa e cautela elevada antes do feriado
O Ibovespa (IBOV) deve ter hoje uma sessão de renovada pressão negativa, após cair 2% ontem e apesar dos ganhos exibidos pelo Ibovespa em dólar (EWZ) nesta manhã. A véspera de feriado nacional enquanto os mercados lá fora funcionam normalmente contribui para elevar a cautela por aqui e reduzir a liquidez dos negócios na bolsa brasileira.
Além disso, a agenda do dia está esvaziada de destaques, o que tende a arrastar o ritmo do Ibovespa ao longo do pregão. Os mercados internacionais tampouco ajudam a arriscar uma recuperação, ao iniciar a quinta-feira (20) novamente em queda.
A temporada de resultados nos Estados Unidos segue no radar dos investidores. Porém, ainda é cedo para tirar conclusões mais concretas sobre a direção dos balanços e os impactos nos ativos de risco como um todo. Por ora, a Tesla causa estragos em Nova York e na fortuna do bilionário Elon Musk.
Ibovespa em ritmo de fim de mês
Antes da abertura do pregão, a Usiminas (USIM5) divulga os números trimestrais, que devem refletir um cenário ainda desafiador. A safra doméstica ganha tração já na semana que vem. Ainda assim, os últimos dias de abril serão mais lembrados pelo que vem depois.
Isso porque este mês chega ao fim com outro feriado, já no início de maio, quando se celebra o Dia do Trabalhador na segunda-feira da semana seguinte (1º). Neste dia, não haverá pregão novamente na B3. Só que essa pausa precede mais uma “Super Quarta” deste ano – a terceira, de um total de seis até dezembro.
É como ficou conhecido o dia em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciam suas respectivas decisões de juros em um intervalo de poucas horas. O encontro do Fed e do Copom em maio será crucial para calibrar os passos a partir do segundo semestre. Mas isso é conversa para os próximos dias.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:
EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,47%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,74% e o Nasdaq cedia 1,02%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 1,12% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale caíam 0,73%, enquanto os da Petrobras recuavam 0,86%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa de 0,39%; a bolsa de Frankfurt caía 0,82%, a de Paris tinha queda de 0,44%, enquanto a de Londres recuava 0,22%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,18%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong subiu 0,14%, mas a de Xangai teve queda de 0,09%;
Câmbio: o índice DXY caía 0,08%, 101.89 pontos; o euro subia 0,15%, a US$ 1,0971; a libra tinha leve alta de 0,04%, a US$ 1,2444; o dólar cedia 0,12% ante o iene, a 134,56 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,554%, de 3,594% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,191%, de 4,246% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro subia 0,39%, a US$ 2.014,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,50%, a US$ 78,05 o barril; o do petróleo Brent tinha queda de 1,37%, a US$ 81,98 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 1,85% em Dalian (China), a 767,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.