Ibovespa (IBOV) hoje tem ajustes de fim de mês, antes da ‘Super Quarta’
O Ibovespa (IBOV) dedica o último pregão de janeiro aos ajustes de fim de mês. Ainda mais porque a sessão desta terça-feira (31) antecede a ‘Super Quarta’, quando saem os anúncios dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil.
Faltando apenas um pregão para janeiro acabar, o Ibovespa acumula valorização de 2,31% em 2023. Já o dólar tem queda de 3,10% no mesmo período, em meio ao apetite dos investidores estrangeiros por ações brasileiras. Mas há quem diga que este rali de começo de ano pode estar com os dias contados.
Afinal, o Federal Reserve deve anunciar amanhã (1º) o oitavo aumento consecutivo na taxa de juros nos EUA. Horas depois, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve soltar um comunicado duro (“hawkish”) acompanhado da decisão de Selic estável mais uma vez.
Assim, ambas as reuniões podem ser determinantes para redirecionar o foco dos mercados. Enquanto lá fora o radar deve se voltar para a temporada de resultados, que têm apontado compressão nas margens de lucros; aqui, a questão fiscal entra de vez em cena.
Nem a China anima Ibovespa
Portanto, o Ibovespa hoje deve ter uma sessão de cautela redobrada, com os investidores aproveitando a oportunidade para embolsar os ganhos recentes. Aliás, esse movimento de realização de lucros é visto desde a Ásia, contaminando o início do dia no Ocidente.
Os dados robustos sobre a atividade na China não animaram as bolsas asiáticas, que fecharam no vermelho. Hong Kong liderou as perdas, caindo mais de 1%. Até o minério de ferro encerrou em baixa em Dalian, relegando a rápida recuperação econômica chinesa neste mês.
O índice oficial dos gerentes de compras (PMI) da indústria subiu para o maior nível em quatro meses, a 50,1 em janeiro, de 47,0 em dezembro. Já o PMI do setor de serviços saltou de 41,6 para 54,4 no mesmo período, na máxima desde junho.
Os números aumentam as evidências de uma rápida retomada na China. Com a política de Covid Zero sendo agora vista pelo espelho retrovisor, a recuperação do gigante emergente deve permanecer robusta no curto prazo.
A ver, então, se o rali recente dos ativos é mesmo só mais um reflexo do efeito sazonal de janeiro e o que está por vir é um ano brutal para os ativos – incluindo os emergentes. Ou se esse alerta é válido apenas em Wall Street.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:
EUA: o futuro do Dow Jones cedia 0,33%; o do S&P 500 caía 0,40%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,61%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) recuava 1,79% no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale oscilavam em baixa de 0,05%, enquanto o da Petrobras estava estável;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 cedia 0,21%; a bolsa de Frankfurt caía 0,69%; a de Paris recuava 0,59% e a de Londres tinha baixa de 0,75%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em queda de 0,39%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 1,03%; a Bolsa de Xangai caiu 0,42%;
Câmbio: o índice DXY subia 0,19%, a 102.48 pontos; o euro tinha baixa de 0,23%, a US$ 1,0826; a libra cedia 0,28%, a US$ 1,2318; o dólar oscilava com -0,04% ante o iene, a 130,39 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,536%, de 3,538% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,240%, de 4,253% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro caía 0,96%, a US$ 1.904,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,40%, a US$ 76,81 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,22%, a US$ 83,47 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em baixa de 0,51% em Dalian (China), a 873 yuans a tonelada métrica, após ajustes.