Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje mira nos 110 mil pontos com o mercado cortando a Selic para o Copom

18 maio 2023, 7:53 - atualizado em 18 maio 2023, 7:58
Ibovespa animou-se com avanços na cena política e quer ser a boa história, em meio à perspectiva de cortes na Selic (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) se animou ontem (17) com os avanços na cena política. Os sinais de acordo para aumentar o teto da dívida nos Estados Unidos e para aprovar o novo arcabouço fiscal animam os mercados

Os investidores mostram maior apetite por risco. Essa disposição também contribui para a queda do dólar e dos juros futuros, com a nova política de preços da Petrobras reduzindo ainda mais os argumentos do Banco Central em segurar a taxa Selic.

Com isso, o Ibovespa pode buscar os 110 mil pontos nesta quinta-feira (18). Da mesma forma, o dólar pode se aproximar da faixa de R$ 4,90. De um modo geral, os mercados estão respeitando essas marcas, orbitando ao redor delas até que surja um gesto de boa vontade por parte do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Ibovespa quer ser a boa história

Ainda assim, os investidores seguem em busca da próxima narrativa que irá ditar o rumo dos ativos nos próximos meses. Lá fora, sobram incertezas frente ao dilema inflação ou recessão, o que se reflete em alta das bolsas, queda do petróleo e dólar mais forte. 

Aqui, a bolsa brasileira tenta engatar uma espiral positiva com a perspectiva de um ciclo de queda dos juros e sinais de uma deflação adicional. Esse movimento pode antecipar a discussão de junho do Conselho Monetário Nacional (CMN). 

Dessa forma, prevalecem as suspeitas de que o Brasil é ‘a boa história’ nos mercados, com o país largado na frente no tradeoff usual entre crescimento econômico e inflação.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h40:

EUA: o futuro do Dow Jones oscilava em alta de 0,09%; o do S&P 500 subia 0,19% e o Nasdaq avançava 0,18%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras caíam 0,51%, enquanto os da Vale caíam 0,14%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta 0,58%; a bolsa de Frankfurt subia 1,61%, a de Paris avançava 0,88% e a de Londres ganhava 0,60%

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,60%, na sexta alta seguida; na China, Hong Kong subiu 0,85% e a Bolsa de Xangai avançou 0,40%;

Câmbio: o índice DXY avançava 0,27%, 103.16 pontos; o euro recuava 0,28%, a US$ 1,0810; a libra cedia 0,46%, a US$ 1,2431; o dólar oscilava com +0,06% ante o iene, a 137,78 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,594%, de 3,569% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,174%, 4,169% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha baixa de 0,24%, a US$ 1.980,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,26%, a US$ 72,61 o barril; o do petróleo Brent recuava 0,25%, a US$ 76,77 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em alta de 1,91% em Dalian, a 746,50 yuans (após ajustes).