Ibovespa (IBOV) hoje encerra semana mais curta em busca de nova narrativa; entenda
O Ibovespa (IBOV) encerra hoje a primeira semana mais curta de abril, do total de duas neste mês. O feriado pela Sexta-feira Santa mantém os mercados no Brasil e em boa parte do mundo fechados amanhã (7). Ainda assim, o dia reserva os dados do payroll sobre o emprego nos Estados Unidos.
Já nesta quinta-feira (6), a atenção dos investidores continua concentrada nos bancos centrais. Aos poucos, o foco vai se deslocando do tema inflação em direção à recessão. Com isso, os ativos de risco parecem ter encontrado uma narrativa para chamar de sua e passam a precificar a possibilidade de corte nos juros em breve.
Lá fora, os recentes dados fracos sobre o mercado de trabalho e a atividade nos EUA reforçam as chances de pausa no ciclo de aperto pelo Federal Reserve já em maio. Além disso, crescem as apostas de um “pivô” a partir de julho, com a taxa dos Fed Funds encerrando este ano ao redor de 4%, dos atuais 5%.
Ibovespa quer saber quando o local vem
Por aqui, o anúncio do novo arcabouço fiscal removeu uma incerteza do cenário. Ainda que a proposta desagrade ao mercado, ao menos a regra que irá substituir o teto de gastos dá uma direção sobre o caminho que o governo pretende percorrer ao longo de quatro anos. Por ora, o que há são rumores sobre um possível aumento da carga tributária.
De qualquer forma, os elogios do presidente do BC, Roberto Campos Neto, à proposta apresentada por Fernando Haddad (Fazenda) resgataram as expectativas de redução da taxa Selic já em junho. Esse movimento já é sentido no dólar, que está cada vez mais perto de furar a marca de R$ 5,00.
Daí, então, a pergunta que fica é: quando o investidor local (institucional e pessoa física) virá para a bolsa brasileira? Afinal, com o Fed pegando mais leve e o Copom dando um voto de confiança ao governo, o apetite pelo risco das ações na B3 tende a crescer. Porém, pode ser o momento de saída dos gringos da renda variável, digerindo os ganhos.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:
EUA: o futuro do Dow Jones oscilava com +0,02%; o do S&P 500 tinha leve baixa de 0,06% e o Nasdaq caia 0,36%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha leve baixa de 0,04% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale subiam 0,66%, enquanto os da Petrobras oscilava com +0,09%
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,45%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,29%, a de Paris ganhava 0,18% e a de Londres subia 0,69%;
Ásia: o índice japonês Nikkei 255 caiu pelo segundo dia, em -1,22%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 0,28% e a Bolsa de Xangai ficou estável
Câmbio: o índice DXY tinha leve alta de 0,08%, 101.94 pontos; o euro cedia 0,05%, a US$ 1,0900; a libra tinha leve baixa de 0,02%, a US$ 1,2458; o dólar tinha leve alta de 0,08% ante o iene, a 131,43 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,289%, de 3,313% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,733%, de 3,805% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro oscilava com +0,02%, a US$ 2.035,80 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI cedia 0,30%, a US$ 80,37 o barril; o do petróleo Brent caía 0,25%, a US$ 84,78 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 0,81% em Dalian (China), a 794,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.