Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje busca primeira alta de abril em semana mais curta

04 abr 2023, 7:56 - atualizado em 04 abr 2023, 8:04
Ibovespa começou abril no vermelho e tenta cravar primeira alta do mês em semana encurtada por feriado (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) começou abril no vermelho e tenta cravar a primeira alta do novo mês nesta terça-feira (4). É melhor que a bolsa brasileira recomponha mesmo o fôlego. Afinal, a semana será mais curta, reduzindo o tempo para os ajustes nas carteiras neste início de segundo trimestre.

No entanto, os investidores ainda não sabem qual narrativa irá influenciar os mercados ao longo deste período. De um lado, os ativos de risco estão embalados pela perspectiva de fim do ciclo de alta dos juros pelo Federal Reserve – e, quiçá, até uma reversão do movimento. Porém, ainda existe certo receio de uma recessão

Trata-se de um equilíbrio instável. Isso porque o mundo ainda convive com níveis elevados de inflação. Ainda que a economia desacelere – como apontam os indicadores de atividade nos Estados Unidos, China e Europa – esse cenário, combinado, pode desencadear renovada pressão negativa nos negócios como um todo. 

Daí porque os mercados absorveram a decisão da Opep+ de reduzir a oferta de petróleo a partir de maio. Afinal, não se sabe se haverá de fato demanda pela commodity. A sensação, então, é de que o cartel agiu apenas para estabilizar os preços em um nível um pouco mais alto, ao redor de US$ 80 – e não de US$ 70 como estava nos últimos meses. 

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Ibovespa monitora agenda

Diante disso, o foco dos investidores desloca-se para a agenda do dia. O destaque fica com o relatório Jolts (11h), que abre a série de dados sobre o emprego nos EUA nesta semana. Mas o destaque é o relatório oficial do mercado de trabalho (payroll), em plena Sexta-feira Santa (7). 

Por aqui, as atenções se voltam para o andamento do novo arcabouço fiscal em Brasília. O mercado vê com certa desconfiança a proposta da equipe econômica, devido a premissas frágeis.

À primeira vista, a regra que irá substituir o teto de gastos parece insuficiente para estabilizar a trajetória da dívida pública. No entanto, o comportamento do dólar e dos juros futuros indica que, ao menos por ora, recebe o benefício da dúvida.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones avançava 0,22%; o do S&P 500 subia 0,37% e o Nasdaq ganhava 0,53%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha alta de 0,77% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale subiam 0,32%, enquanto os da Petrobras cresciam 0,37%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,60%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,88%, a de Paris ganhava 0,62% e a de Londres oscilava com +0,06%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta pelo terceiro dia, de +0,35%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 066% e a Bolsa de Xangai teve alta de 0,49%;

Câmbio: o índice DXY caía 0,19%, 101.89 pontos; o euro cedia 0,15%, a US$ 1,0921; a libra tinha alta de 0,69%, a US$ 1,2503; o dólar tinha alta de 0,43% ante o iene, a 132,99 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,459%, de 3,418% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,011%, de 3,970% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro oscilava com -0,06%, a US$ 1.999,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,06%, a US$ 81,26 o barril; o do petróleo Brent subia 0,97%, a US$ 85,75 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 2,79% em Dalian (China), a 801 yuans a tonelada métrica, após ajustes.