Ibovespa (IBOV) avança nesta quarta-feira (22), com juros do Brasil e dos EUA no radar; confira
O Ibovespa (IBOV) avança nesta quarta-feira (22), após ter quebrado sequência de altas e marcado desvalorização de 0,26% no último pregão. Por volta de 10h08, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,31%, aos 126.120 pontos.
A agenda econômica do mercado local está esvaziada, apenas com PNAD Contínua do terceiro trimestre. O índice marcou uma taxa de desocupação de 7,7% no período, ante 8% nos três meses encerrados em junho, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No lado político, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou em entrevista que a autoridade monetária deve continuar com seu processo de corte na Selic.
“As taxas são tão restritivas no Brasil que podemos continuar o processo de redução dos juros, porque à medida que a inflação diminui, as taxas reais aumentam. Então temos espaço para baixar juros e ainda ficar em campo restritivo”, afirmou.
- Crise na Petrobras: Hora de ligar o sinal de alerta? Confira como as farpas entre o ministro de Minas e Energia e o presidente da petroleira podem impactar os investidores, é só clicar aqui e conferir o que dizem os analistas do Giro do Mercado:
Na ocasião, Campos Neto também aproveitou para apontar uma melhora no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e elogiar o esforço fiscal que o governo está fazendo.
“A gente vê uma convergência da inflação com possibilidade grande de entrar na meta em 2023″, disse. No entanto, ele também destacou que o aumento de ICMS proposto por governadores dos Estados do Sul e do Sudeste terá um impacto inflacionário.
Ibovespa segue Nova York
Os principais índices futuros em Nova York operam em valorização, com Dow Jones, Nasdaq e S&P em ganhos de 0,11%, 0,23% e 0,35%, respectivamente.
O movimento acontece após o Federal Reserve ter antecipado a publicação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), devido ao feriado de Ação de Graças de amanhã.
Segundo a ata, os membros que votam no comitê continuam preocupados com a “teimosia” da inflação e o risco de um repique, comprometendo-se assim a manter a política monetária em níveis restritivos.
O documento também tenta afastar a ideia de que o Fed já estaria se preparando para um corte nos juros. No entanto, a leitura do mercado é outra: o CME FedWatch Tool registra que 26,6% do mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual já na reunião de março do ano que vem.
Hoje, estão previstos os dados de auxílio-desemprego e encomendas de bens duráveis, às 10h30.
*Com Reuters e Juliana Américo