Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) abre pregão desta terça-feira (23) sob ameaça; entenda

23 maio 2023, 7:59 - atualizado em 23 maio 2023, 8:01
Ibovespa abre pregão desta terça-feira sob ameaça de correção mais forte do rali recente, após dar primeiros sinais de ajuste técnico ontem (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (23) sob a ameaça de uma correção mais forte do rali recente. Ontem, a bolsa brasileira deu os primeiros sinais de ajuste técnico, interrompendo a sequência de ganhos, quando subiu em dez de 12 pregões seguidos, acumulando três semanas consecutivas de alta

Boa parte desse movimento do Ibovespa foi alimentado pelo apetite dos investidores estrangeiros. Depois de iniciarem maio com fortes saques, os gringos inverteram a mão e compraram ações na B3 em oito das últimas dez sessões até o fim da semana passada, deixando o saldo no mês praticamente no zero a zero. 

Porém, a ausência de novidades na cena política abre espaço para a continuidade hoje do movimento visto na véspera. Afinal, os mercados aguardam decisões sobre o novo arcabouço fiscal e o teto da dívida dos Estados Unidos. Diante de um cenário sem alterações, os ativos de risco amanheceram na linha d’água, sem direção definida para o dia.

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Ibovespa vê oportunidades

Ainda assim, existem oportunidades de alocação de recursos. Afinal, apesar do tom duro no discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o recuo expressivo das expectativas de inflação no relatório Focus reforçam as chances de corte na taxa Selic em breve. 

Mas enquanto o impasse permanece, o investidor segue na defensiva. Porém, a expectativa de aprovação no Congresso de um texto mais rigoroso no que diz respeito às regras fiscais aliada a um provável acordo entre republicanos e democratas sobre os gastos reforça a percepção de que os juros altos (ou em alta) estão com os dias contados, tanto aqui quanto lá.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve baixa de 0,06%; o do S&P 500 oscilava com -0,02% e o Nasdaq caía 0,03%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) caía 0,13% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras subia 0,35%, enquanto os da Vale caíam 0,51%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,17%; a bolsa de Frankfurt recuava 0,08%, a de Paris cedia 0,70%, mas a de Londres subia 0,27%

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em queda de 0,42%, interrompendo oito altas seguidas; na China, Hong Kong cedeu 1,25% e a Bolsa de Xangai recuou 1,52%;

Câmbio: o índice DXY tinha alta de 0,34%, 103.55 pontos; o euro caía 0,31%, a US$ 1,0779; a libra tinha queda de 0,43%, a US$ 1,2384; o dólar cedia 0,06% ante o iene, a 138,51 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,747%, de 3,715% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,397%, 4,341% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro perdia 1,04%, a US$ 1.956,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,82%, a US$ 72,66 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,78%, a US$ 76,56 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em baixa de 1,78% em Dalian, a 715,50 yuans (após ajustes).