Ibovespa (IBOV) mantém os 127 mil pontos à espera de pacote fiscal; 5 coisas para saber ao investir hoje (18)
Com mais uma semana curta pela frente, o Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (18) em leve queda. Os investidores seguem na expectativa pelo anúncio do corte nos gastos públicos. As atenções, porém, são divididas com declarações de líderes mundiais no G20.
O principal índice da bolsa brasileira caía 0,03%, a 127.754,55 pontos, por volta de 10h08 (horário de Brasília).
O dólar à vista iniciou a sessão a R$ 5,7871 (-0,02%). A moeda norte-americana segue em queda ante o real.
Day Trade:
- Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras ações para comprar hoje (18) e buscar retornos de até 3%
- Caixa Seguridade (CXSE3), Cogna (COGN3) e mais 4 ações para vender nesta segunda (18)
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (18)
Pacote fiscal nos últimos detalhes
O pacote de cortes de gastos públicos está nos ajustes finais, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em entrevista à CNBC divulgada no domingo, o chefe da pasta econômica afirmou que o pacote está praticamente fechado e será anunciado em breve, com pendência apenas da respostas do Ministério da Defesa.
“O pacote está fechado com o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva). Nós vamos anunciar brevemente, por que está faltando a resposta de um ministério… o Ministério da Defesa”, disse Haddad. “Tivemos boas reuniões com o ministro (José Múcio) e os comandantes das Forças.”
O ministro não comentou sobre o valor total de gastos que as medidas vão reduzir, afirmando apenas que “o pacote tem o tamanho das nossas necessidades para manter o crescimento equilibrado”. Ele defendeu o equilíbrio das contas públicas para que o país cresça de forma sustentável.
O governo tem prometido o anúncio de medidas de contenção de gastos a fim de garantir a sustentação do arcabouço fiscal e precisão anterior era de que pacote seria divulgado logo após o segundo turno das eleições municipais. A demora tem gerado estresse no mercado e pressão sobre os ativos brasileiros.
Selic mais alta
Os analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para a Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço da inflação, de acordo com o Boletim Focus.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,00%, de 11,50% na semana anterior.
Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela sétima semana consecutiva.
De acordo com os dados do Focus, o BC deve voltar a elevar os juros nas duas primeiras reuniões do ano, respectivamente em 0,50 e 0,25 ponto percentual, a 12,50%. Só são esperados cortes então nos dois últimos encontros do ano, ambos de 0,25 ponto.
O BC volta a se reunir em dezembro para a última decisão de política monetária do ano.
Atenção! Isa Cteep está como novo ticker
A partir desta segunda-feira (18), as ações da Isa Cteep passam a ser negociadas sob os tickers ISAE3 (ação ordinária) e ISAE4 (papel preferencial).
A mudança ocorre para se adequar a mudança de marca da companhia, que passará a se chamar Isa Energia Brasil.
Eneva (ENEV3) conclui aquisição de 50% da Gera Maranhão por R$ 301 milhões
A Eneva (ENEV3) concluiu a aquisição de 50% da termelétrica Geradora de Energia do Maranhão (Gera Maranhão) pelo montante de R$ 301 milhões, mostra fato relevante enviado ao mercado na quinta-feira (14), após o fechamento do mercado.
A Gera Maranhão é de titularidade do BTG Pactual Holding Participações (BTGP) e, conforme o comunicado, a transação já reflete as deduções de preço previamente acordadas entre as partes, sem prejuízo à parcela adicional contingente de preço que poderá se tornar devida futuramente.
G20
Os líderes do Grupo das 20 principais economias (G20) se reúnem hoje para sua cúpula anual, preparando-se para uma mudança na ordem global com o retorno ao poder do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
As discussões sobre comércio, mudança climática e segurança internacional serão confrontadas com as fortes mudanças na política dos EUA que Trump promete ao assumir o cargo em janeiro, desde tarifas comerciais até a promessa de uma solução negociada para a guerra na Ucrânia.
Enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, chega enfraquecido com apenas dois meses restantes na Casa Branca, o presidente da China, Xi Jinping, será um ator central em uma cúpula do G20 repleta de tensões geopolíticas em meio às guerras em Gaza e na Ucrânia.
* Com informações de Reuters