BusinessTimes

Ibovespa (IBOV) ganha ritmo hoje com balanços e Campos Neto

25 abr 2023, 8:04 - atualizado em 25 abr 2023, 8:09
Ibovespa deve ganhar ritmo nesta terça-feira (25) com as atenções divididas entre balanços aqui e lá fora, além da audiência de Campos Neto, do BC, no Senado (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) segue em alerta para nova queda nesta terça-feira (25), um dia após perder a faixa dos 104 mil pontos. O sinal negativo vindo dos mercados internacionais nesta manhã dá o tom para o dia, renovando a pressão sobre a bolsa brasileira.

Mas a agenda de indicadores e eventos econômicos está carregada, o que deve dar ritmo ao Ibovespa durante o pregão. A temporada de resultados ganha força hoje, com os números trimestrais do Santander Brasil (SANB11). 

Lá fora, após os balanços dos bancos, são as big techs que entram em cena. Alphabet (GOOG) e Microsoft (MSFT) publicam seus resultados, após o fechamento da sessão. Ainda assim, chama atenção o tombo de mais de 20% nas ações do First Republic Bank.

O banco regional dos Estados Unidos já estava no radar desde a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e voltou ao foco nas negociações do pré-mercado, após anunciar perdas de US$ 100 bilhões em depósitos. Aliás, quem também publica os demonstrativos contábeis hoje é o UBS, na primeira divulgação após o casamento forçado com o rival Credit Suisse

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ibovespa mira Campos Neto 

Os investidores vão ler com lupa os balanços das empresas para medir o tamanho, a magnitude e a velocidade da desaceleração do crescimento econômico. E isso não apenas nos EUA, onde os riscos de uma recessão seguem latentes, mas também no Brasil

Daí porque é crescente a pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Aliás, ele deve ser questionado hoje, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sobre os motivos de manter a taxa Selic em 13,75%. 

Porém, dificilmente Campos Neto irá mudar o tom. Ao contrário, ele deve apoiar-se na desancoragem das expectativas de inflação para justificar o juro básico nos maiores níveis em pelo menos cinco anos. 

Da mesma forma, o cenário nos EUA põe em xeque um novo aumento de 0,25 ponto percentual (pp) pelo Federal Reserve em maio. Ainda que os dados previstos para esta semana reforcem essa alta, será difícil para o Fed reverter o ciclo de aperto em breve.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,41%; o do S&P 500 tinha baixa de 0,52% e o Nasdaq cedia 0,43%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale perdiam 0,28%, enquanto os da Petrobras tinham alta de 0,33%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,41%; a bolsa de Frankfurt caía 0,13%, a de Paris tinha baixa de 0,63%, enquanto a de Londres cedia 0,31%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em leve alta de 0,09%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong caiu 1,71% e a de Xangai teve queda de 0,32%;

Câmbio: o índice DXY subia 0,12%, 101.47 pontos; o euro caía 0,24%, a US$ 1,1023; a libra tinha queda de 0,20%, a US$ 1,2460; o dólar caía 0,12% ante o iene, a 134,08 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,443%, de 3,496% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,057%, de 4,090% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,30%, a US$ 1.994,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,79%, a US$ 78,12 o barril; o do petróleo Brent tinha queda de 0,71%, a US$ 81,95 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 0,76% em Dalian (China), a 719 yuans a tonelada métrica, após ajustes.