Mercados

Petrobras (PETR4) não é suficiente e Ibovespa (IBOV) fecha em queda com tombo de Wall Street; dólar sobe a R$ 5,65

24 jul 2024, 17:19 - atualizado em 24 jul 2024, 17:19
ibovespa ibov feriado
Com poucos destaques locais, o mercado doméstico acompanhou o exterior e repercutiu novas declarações do ministro da Fazenda. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) até flertou com o tom positivo, com apoio do petróleo e dos bancos na tentativa de romper a sequência de quedas — sem sucesso. 

O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,13%, aos 126.422,73 pontos, e registrou a quinta baixa de julho. Mesmo assim, o índice acumula alta de quase 2% no mês.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6562 (+1,25%). 

No ambiente doméstico, com a ausência de dados econômicos locais, os olhos dos investidores seguiram focados no noticiário corporativo. O destaque do dia foi o balanço do Santander (SANB11).

O banco reportou com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A cifra ficou pouco acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,2 bilhões.

Na avaliação do Safra, os números foram razoáveis, com tendências de melhor qualidade de ativos. Na mesma linha, a XP afirmou que o banco entregou resultados sólidos, em sua maior parte ligeiramente acima do consenso.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, as ações cíclicas — que são mais sensíveis aos juros — caíram com a abertura da curva de juros com a piora do humor dos investidores locais e no exterior. Por isso, a ponta negativa do Ibovespa foi liderada pelo setor de varejo e consumo, com Carrefour (CRFB3) e Petz (PETZ) recuando mais que 5%.

Petrobras (PETR3;PETR4) encerrou as negociações com alta acima de 1% e limitou as perdas do principal índice da bolsa brasileira com apoio da recuperação do petróleo. No setor, o destaque foi Prio (PRIO3), que liderou a ponta positiva do IBOV.

Os frigoríficos também voltaram a operar entre as maiores altas. O setor acumula perdas desde a semana passada, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um caso da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul e suspendeu as exportações de frango para alguns países.

Vale (VALE3) também registrou leve alta na tentativa de correção das perdas recentes e a despeito do desempenho do minério de ferro.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os resultados de Alphabet, dona do Google, e da Tesla, frustraram as expectativas do mercado e ações despencaram nesta quarta-feira (24).

Os papéis da empresa de Elon Musk caíram mais de 12% durante o pregão e registraram o maior recuo desde janeiro. As vendas de veículos elétricos caíram por dois trimestres consecutivos, uma vez que a falta de novos modelos acessíveis faz com que os compradores procurem fabricantes de veículos elétricos rivais.

Já no caso da Alphabet, o recuo de mais de 3% das ações foi uma reação ao anúncio de que a empresa deve fazer investimentos mais altos devido ao aquecimento da concorrência nas áreas de busca e computação em nuvem.

Os balanços das duas empresas, que integram o seleto grupo das “Sete Magníficas”, trouxe preocupações sobre os resultados das gigantes de tecnologia — setor que já acumula perdas desde a semana passada com o movimento de rotação setorial em favor das small caps. 

Além disso, os dados da indústria norte-americana vieram mais fracos do que o esperado para julho.

O VIX, que é um termômetro de aversão ao risco, também conhecido como “índice do medo”, da bolsa de Nova York disparou mais de 20% e alcançou os maiores níveis desde abril.

Na agenda, os investidores aguardam o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre, que será divulgado amanhã (25).

Nasdaq e S&P Global registraram o pior pregão desde 2022. Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -2,31%, aos 5.427,13 pontos;
  • Dow Jones: -1,25%, aos 39.853,87 pontos;
  • Nasdaq: -3,64%, aos 17.342,41 pontos.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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