Mercados

Ibovespa (IBOV) se mantém invicto em julho e fecha em alta pela oitava vez consecutiva; dólar cai a R$ 5,41

10 jul 2024, 17:22 - atualizado em 10 jul 2024, 17:22
ações bolsa brasileira
(Imagem: Shutterstock)

Desde o início de julho, o principal índice da bolsa brasileira opera em tom positivo — e nesta quarta-feira (10) não foi diferente. Pelo oitavo pregão consecutivo o Ibovespa (IBOV) encerrou em alta de 0,09%, aos 127.218,24 pontos. As cotações são preliminares. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4126, com leve recuo de 0,04%. 

Os investidores locais acompanharam as movimentações em Brasília para a regulamentação da Reforma Tributária e o projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos.

Hoje, o relator do PL da desoneração, senador e líder do governo no Senado Jaques Wagner (PT-BA) se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Além do foco no fiscal, o mercado repercutiu a desaceleração da inflação em junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de 0,46% em maio para 0,21% em junho. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 4,23% — ainda dentro do teto da meta estipulada para este ano.

Altas e quedas do Ibovespa

O IPCA de junho abaixo do esperado combinado com a queda dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries, contribuíram para o fechamento da curva de juros e, por consequência, beneficiou as ações cíclicas — mais sensíveis aos juros.

Além disso, a revisão de recomendações de várias empresas por banco movimentaram o pregão.

Na ponta positiva, LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, liderou os ganhos do Ibovespa desde a abertura das negociações. Os papéis ganharam força após o BTG Pactual reiterar compra com preço-alvo de R$ 7 — o que representa uma potencial valorização de 56% em 12 meses.

Vamos (VAMO3) e Magazine Luiza (MGLU3) também se destacaram revisões positivas de bancos. O JP Morgan elevou Vamos para compra, com preço-alvo de R$ 13,50; o Safra elevou Magazine Luiza para compra com preço-alvo de R$ 18,50.

Na ponta negativa, Azul (AZUL4) liderou as perdas do principal índice da bolsa brasileira e devolveu parte dos ganhos do mês com a revisão negativa do JP Morgan. O banco rebaixou a recomendação de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 24,05 para R$ 19. Essa é a primeira queda das ações da companhia aérea após cinco sessões consecutivas de ganhos.

Vale (VALE3) operou entre as maiores queda com a desvalorização de quase 2% do minério de ferro em Dalian, na China. Petrobras (PETR3;PETR4) ignorou os ganhos do petróleo e recuou em movimento de realização de lucros recentes.

Exterior 

As atenções dos investidores ficaram concentradas, pelo segundo dia consecutivo, nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell ao Congresso norte-americano.

Entre as falas, Powell disse que BC dos Estados Unidos tomará decisões sobre a taxa básica de juros “quando e como elas precisarem ser tomadas”, sem levar em consideração a próxima eleição presidencial.

O dirigente afirmou ter “alguma confiança” de que a inflação está arrefecendo, mas que ainda precisa de mais ‘segurança’ na queda “em direção à meta de 2%”.

Ele disse, porém, que o Fed não pretende esperar a inflação atingir a meta para começar a reduzir os juros. Com as declarações, o mercado manteve as apostas de que o afrouxamento monetário tenha início em setembro. Segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group, a chance de corte é de 75,2%.

Em reação, os índices de Nova York fecharam com alta superior a 1%, com destaque para S&P 500 que terminou o pregão acima de 5.600 pontos pela primeira vez na história.

O mercado aguarda a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado amanhã (11). Embora não seja o indicador preferido do Fed, o dado é usado pelos investidores para calibrar as expectativas sobre a trajetória dos juros na maior economia do mundo.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,02, aos 5.633,91 pontos;
  • Dow Jones: +1,09%, aos 39.721,36 pontos;
  • Nasdaq: +1,18%, aos 18.647,45 pontos.

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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