Mercados

Ibovespa (IBOV) retoma alta com Wall Street e corte de R$ 15 bilhões nos gastos públicos; dólar cai a R$ 5,57

22 jul 2024, 17:24 - atualizado em 22 jul 2024, 17:24
ibovespa ibov feriado
Com poucos destaques locais, o mercado doméstico acompanhou o exterior e repercutiu novas declarações do ministro da Fazenda. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Com a retomada do apetite ao risco patrocinado pela China, o Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de duas quedas consecutivas e encerrou o pregão desta segunda-feira (22)  em tom positivo. 

O principal índice da bolsa brasileira encerrou com alta de 0,19%, aos 127.859,63 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,5701 (-0,60%). 

No ambiente doméstico, o destaque do dia foi a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. O documento confirmou a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal, que havia sido anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quinta-feira (18).

O detalhamento do bloqueio e do contingenciamento será feito divulgado na próxima terça-feira (30).

No exterior, os desdobramentos da desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral dos Estados Unidos e ao anúncio “surpresa” de corte de juros na China aumentaram o apetite ao risco dos investidores.

A segunda maior economia do mundo cortou taxas de juros de curto e longo prazos nesta segunda-feira (22), sinalizando a intenção de impulsionar o crescimento do país poucos dias após uma reunião de liderança do Partido Comunista.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, as ações da Ambipar (AMBP3) saltaram mais de 9% nesta segunda-feira (22). No mês, a companhia já acumula ganhos de mais de 130%. O movimento de alta começou no último dia 11 após o acionista Tércio Borlenghi Junior, que também é CEO da companhia, aumentar a participação para 73,13% do capital da companhia.

Segundo o relatório da Ativa Investimentos, Ambipar é a segunda empresa com maior taxa de aluguel (187%).

Sabesp (SBPS3) foi a ação mais negociada do mercado brasileiro, ainda em reflexo à oferta de privatização — que será liquidada ainda hoje. O ingresso de estrangeiros na privatização da companhia também repercutiu sobre o dólar.

Na ponta positiva do Ibovespa, LWSA (LWSA3) e Lojas Renner (LREN3) lideraram os ganhos com o fechamento da curva de juros.

Já na ponta negativa do Ibovespa, Embraer (EMBR3) caiu mais de 7% durante o pregão em movimento de realização dos ganhos recentes combinado com a desvalorização da moeda norte-americana ante o real.

Petrobras (PETR3;PETR4) recuou com o petróleo. Os papéis também foram pressionados pela notícia de que a Unigel está exigindo uma indenização por prejuízos com duas fábricas de fertilizantes arrendadas da estatal, segundo a Reuters.

Vale (VALE3) acompanhou o tom negativo do minério de ferro em Dalian, na China, e encerrou as negociações em leve baixa.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York iniciaram a semana em tom positivo, com a recuperação das ações, principalmente, do setor de tecnologia. Os papéis de Nvidia (NVDA), por exemplo, subiram mais de 4%.

Os investidores reagiram à desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral. Ele declarou apoio a sua vice-presidente, Kamala Harris — que só deve ter a candidatura à presidência formalizada em agosto, quando acontece a convenção do Partido Democrata.

Uma das análises, em parte já esperada e precificada pelo mercado após pressão recente para que Biden saísse da disputa com o ex-presidente republicano Donald Trump, é de que os mercados podem se beneficiar de uma maior chance de um governo dividido sob a próxima administração.

O VIX, que é um termômetro de aversão ao risco, também conhecido como “índice do medo”, da bolsa de Nova York caiu mais de 10%, em correção da forte alta dos últimos pregões. Na semana passada, o índice alcançou o maior nível desde março de 2023, quando o Silicon Valley Bank (SVB) decretou falência.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,08%, aos 5.564,41 pontos;
  • Dow Jones: +0,32%, aos 40.415,44pontos;
  • Nasdaq: +1,58%, aos 18.007,57 pontos.

 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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