Ibovespa (IBOV) engata 3ª alta seguida com otimismo local; Banco do Brasil (BBAS3) dispara
O Ibovespa (IBOV) deu seguimento à trajetória de alta nesta quarta-feira (12), agora mais próximo dos 110 mil pontos. O índice encerrou o dia com valorização de 0,64%, a 106.889,71 pontos. Este é o terceiro pregão seguido de ganhos.
Segundo analistas, parte da alta de hoje é técnica, já que hoje é dia de vencimento de opções – há forte volume de compras no mercado à vista, enquanto ocorrem vendas no futuro.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de vendas do varejo, que registraram alta recorde de janeiro. No início do ano, as vendas tiveram alta de 3,8%, marcando a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000. Repercutindo os números, as ações de varejistas fecharam o dia no positivo.
Outro fator que acabou impulsionando o varejo, segundo Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, é a taxação das empresas de e-commerce como a Shein.
No cenário local, o mercado também aproveitou o alívio recente nas questões fiscais, com expectativas mais otimistas em relação à inflação e à Selic.
Todos esses fatores, explica, tira a pressão sobre o setor, que vinha bastante pressionado pela falta de perspectiva devido à economia mais fraca.
As varejistas sobem impulsionadas pela taxação das empresas de e-commerce como a Shein, e também pelos dados de inflação menores que o esperado. Isso tira a pressão sobre o setor que vinha bastante pressionado pela falta de perspectiva por conta da economia mais fraca, além do crédito escasso e caro, o que atrapalhou muito as vendas do último trimestre.
Nos Estados Unidos, os dados de inflação chegaram a dar suporte aos índices acionários locais, que acabaram virando para queda ao fim do dia.
Os dados do Departamento do Trabalho dos EUA mostraram que o índice geral e o núcleo dos preços ao consumidor subiram 0,1% e 0,4%, respectivamente, na comparação mensal. A expectativa dos economistas era de altas de 0,2% e 0,4%, respectivamente.
Em base anual, o índice geral subiu 5%, contra estimativas de economistas de um aumento de 5,2%.
Apesar da leitura positiva, a expectativa maior continua sendo de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, elevará os juros em 0,25% na próximo reunião, em maio.
O Banco do Brasil (BBAS3) foi um dos destaques de alta do dia, disparando quase 7% e ajudando a levantar o Ibovespa.
Do lado das baixas, o Carrefour Brasil (CRFB3) recuou 3,6%, após o anúncio de que a companhia acertou uma redução de até R$ 1 bilhão do valor da aquisição do Grupo BIG.
Com informações da Reuters.