Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) enfrenta Fed e Copom sob pressão na Super Quarta

03 maio 2023, 8:01 - atualizado em 03 maio 2023, 8:01
Ibovespa encara Super Quarta de decisão de juros com Fed e Copom sob pressão; investidores se perguntam: e depois? (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) encara a Super Quarta de decisão de juros com o Federal Reserve e o Comitê de Política Monetária (Copom) sob pressão. Ainda que não se espere novidades nos respectivos anúncios, com manutenção da taxa Selic em 13,75% e novo aumento de 0,25 ponto porcentual (pp) nos Fed Funds, os investidores se perguntam: e depois?

Daí porque a terceira Super Quarta deste ano tende a ser um divisor de águas nos mercados. Afinal, a cobrança por uma mudança de postura por parte do Fed e do Copom é crescente. Ainda mais diante dos riscos de recessão nos Estados Unidos, em meio à crise bancária regional, e ao impacto na atividade doméstica do nível elevado do juro básico brasileiro.  

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Ibovespa debate próximos passos

Com isso, a atenção dos investidores está nos próximos passos. Portanto, mais do que o anúncio da decisão em si, os destaques desta quarta-feira (3) ficam com a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell (15h30), e com a linguagem no comunicado do Copom, no fim do dia (18h30). 

De um lado, a expectativa é de que a décima alta seguida nos juros dos EUA seja a última, encerrando o mais agressivo ciclo desde a década de 1980. Desde março de 2022, o Fed elevou a taxa em 4,75%. Além disso, com o novo aumento esperado para hoje, os juros devem subir a 5,25%, no maior nível desde setembro de 2007. 

Por outro lado, ainda que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se apoie na desancoragem das expectativas inflacionárias para justificar a manutenção da Selic, os sinais de desaceleração da inflação são nítidos. Portanto, não cabe mais um tom tão duro no comunicado, descartando qualquer possibilidade de cortes em breve. Do contrário, ganha corpo outro debate, sobre as metas de inflação

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,14%; o do S&P 500 tinha alta de 0,24% e o Nasdaq avançava 0,24%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale avançavam 0,94%, enquanto os da Petrobras tinham queda de 0,79%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,49%; a bolsa de Frankfurt ganhava 0,73%, a de Paris subia 0,77%, enquanto a de Londres crescia 0,25%;

Ásia: a Bolsa de Hong Kong caiu 1,18% na volta do feriado prolongado, mas Xangai e Tóquio permaneceram fechadas devido a um feriado; 

Câmbio: o índice DXY caía 0,37%, 101.58 pontos; o euro subia 0,28%, a US$ 1,1031; a libra tinha alta de 0,31%, a US$ 1,2506; o dólar caía 0,79% ante o iene, a 135,46 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,409%, de 3,429% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,957%, de 3,982% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,12%, a US$ 2.025,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI derretia 3,25%, a US$ 69,36 o barril; o do petróleo Brent tombava 3,04%, a US$ 73,00 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) não teve negócios em Dalian (China), devido ao feriado.