Ibovespa (IBOV) em 131 mil pontos é só aperitivo: Os 138 mil pontos estão vindo
O Ibovespa (IBOV) bateu o recorde intraday às 10h16 desta quinta-feira (14), cravando 131.259 pontos e superando a marca anterior de 131.190 pontos alcançados no intraday de 07 de junho de 2021. Mas isso é só um aperitivo, e os analistas já afirmam que o índice pode bater nos 138 mil pontos em breve.
Pelo menos, é o que diz a equipe de analistas gráficos da XP Investimentos, liderada por Gilberto Coelho. No relatório enviado a clientes hoje, o analista afirma que o Ibovespa “fechou em alta, superando resistência nos 128.200, reforçando a tendência de alta definida pelas médias de 21 e 200 dias.”
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E acrescentou que, “acima dos 129.800 pontos, teria projeções em 133.000 ou 138.000 por Fibonacci”, referindo-se a um dos métodos de projeção utilizados pelos grafistas para detectar tendências de curtíssimo prazo.
Os 138 mil pontos parecem um patamar distante, principalmente, quando se lembra de quanto o mercado sofreu nos últimos meses. Mas, para alcançá-lo, basta que o Ibovespa suba mais 6,6% sobre o fechamento de ontem.
Embalado por mais um corte de 0,5 ponto na taxa Selic, decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), e pela sinalização do Federal Reserve de que o ciclo de alta dos juros pode ter terminado nos Estados Unidos, o Ibovespa fechou a sessão de ontem com forte alta de 2,42%, cravando 129.465 pontos.
Com isso, renovou a máxima do ano e atingiu o maior patamar desde junho de 2021, antes, portanto, que a pandemia de Covid-19 virasse o mundo de ponta-cabeça.
Ibovespa (IBOV) bate recorde no intraday e abre caminho para novas máximas
Outras casas enxergam outros alvos intermediários para o IBOV, necessários para que o índice ganhe forças para voos mais altos. É o caso da Ágora Investimentos. Ernani Reis, Henrique Colla e José Ricardo Rosalen, que compõem seu time de grafistas, afirmam que, acima dos 129.500 pontos, o Ibovespa encontrará uma resistência nos 132.350 pontos.
Na análise técnica, resistência é um ponto da curva que, se respeitado, faz com que o preço do ativo comece a andar de lado ou, no pior cenário, inverta a direção e comece a cair. Contudo, se a resistência for ultrapassada, permite que o ativo reúna forças para buscar níveis maiores de valorização.
Entre a reversão de tendência e sua continuidade, o trio da Ágora pende para o otimismo. “O Ibovespa rompeu a resistência da região dos 128.170 pontos, sinalizando continuidade da tendência de alta após fase de lateralização”, escrevem no relatório de abertura de mercado de hoje.
Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, do Itaú BBA, são ainda mais conservadores, e colocam a próxima resistência do IBOV em 131.200 pontos, no seu topo histórico. O trio também está confiante com o bom momento da Bolsa brasileira.
“As sinalizações técnicas apontam para continuidade na tendência de alta no curto prazo”, afirmam no relatório aos clientes. É claro que alguma cautela é recomendada, quando se trata de um mercado de risco. “Um cenário de realização de lucros existe, sempre”, alertam os analistas do Itaú BBA.