Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV): é hoje o dia; a nova regra fiscal vem aí  

17 mar 2023, 8:04 - atualizado em 17 mar 2023, 8:04
Ibovespa (IBOV) tem um pregão de expectativa pelo novo arcabouço fiscal (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) vive uma sexta-feira (17) de expectativa pelo novo arcabouço fiscal. A proposta que irá substituir a regra do teto de gastos deve ser entregue ao presidente Lula pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) em reunião ampla hoje à tarde (15h).

O encontro também contará com a presença da ministra Simone Tebet (Planejamento) e do vice-presidente Geraldo Alckmin, de quem Haddad já recebeu o aval. Agora, falta passar pelo crivo de Lula

Seja como for, o Congresso deve receber o texto antes da viagem do governo à China. A saída da delegação oficial para o país asiático está prevista para o dia 25 deste mês. Mais detalhes sobre a viagem estão aqui.

Ainda assim, os investidores esperam conhecer detalhes da proposta o quanto antes. O que se sabe até o momento é que a ideia é zerar o déficit nas contas públicas até 2024. Mas há ruídos sobre usar o PIB per capita (por habitante) como referência para os gastos do governo.

Segundo Simone, o texto deve agradar tanto a classe política quanto a Faria Lima. Mas há quem diga que a nova âncora fiscal será só ‘bonitinho’ e nada mais

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Ibovespa: agora é com o Copom

Caso seja um plano crível de responsabilidade fiscal, o governo espera a boa vontade por parte do Banco Central. Aliás, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem pode ser a última chance para resgatar a relação entre ambos.    

A aposta é por uma uma mudança de postura já no encontro do Copom deste mês. Embora a expectativa ainda seja de manutenção da taxa Selic em 13,75%, o mercado já acredita que o BC usará o comunicado e a ata para sinalizar o início dos cortes em breve. 

Ainda mais após a crise do SVB consolidar as chances de alta de 0,25 ponto percentual (pp) pelo Federal Reserve também na semana que vem. Porém, o Banco Central Europeu (BCE) deixou claro ontem que não vai desistir da batalha contra a inflação

A mensagem resgatou a confiança dos mercados nos bancos centrais. Ao mesmo tempo em que combatem a alta dos preços, os BCs também atuam para evitar uma nova crise financeira. Nessa somatória, fica faltando o compromisso com crescimento econômico. Afinal, não se pode esquecer que os riscos de uma recessão global seguem latentes.  

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,20%; o do S&P 500 oscilava em baixa de 0,05%, mas o Nasdaq tinha alta de 0,12%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale ganhavam 1,35%, enquanto os da Petrobras subiam 1,50%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,45%; a bolsa de Frankfurt subia 0,45%, a de Paris avançava 0,14% e a de Londres crescia 0,62%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 1,20%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,64% e a Bolsa de Xangai cresceu 0,73%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,14%, 104.27 pontos; o euro subia 0,22%, a US$ 1,0635; a libra tinha alta de 0,20%, a US$ 1,2134; o dólar tinha queda de 0,43% ante o iene, a 133,17 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,534%, de 3,584% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,138%, de 4,187% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,60%, a US$ 1.934,50 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,68%, a US$ 69,48 o barril; o do petróleo Brent avançava 1,30%, a US$ 75,67 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em baixa de 0,60% em Dalian (China), a 905,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.