Giro de Indicadores

Ibovespa (IBOV) dispara com Focus cortando a Selic antes do BC; veja os indicadores desta segunda (3)

03 jul 2023, 12:19 - atualizado em 03 jul 2023, 12:20
Ibovespa, Indicadores
Entre os indicadores, o destaque vai para o Relatório Focus, que apontou para revisão em todas as projeções de inflação e melhorou a previsão da Selic. (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

Hoje, o mercado está a meio-mastro nos Estados Unidos. Às 14h, Wall Street fecha devido ao feriado de Independência e volta só na quarta-feira (5). Ou seja, o Ibovespa está praticamente por conta própria e está se saindo bem.

Os investidores estão animados com a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter a meta de inflação em 3% até 2026. Além disso, o grupo também modificou o período da meta de ano-calendário para contínuo. O resultado: o Relatório Focus desta semana veio com uma projeção de Selic mais baixa para o final do ano.

Mais tarde, saem os dados da balança comercial aqui no Brasil, além da base monetária anual no Japão.

Por volta das 12h20, o Ibovespa (IBOV) subia 1,25%. Já em Wall Street, Nasdaq subia 0,02%, S&P 500 caia 0,01% e Dow Jones desacelerava a 0,04%.

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Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta segunda-feira (3)

Brasil
Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão para a taxa básica de juros de 12,25% para 12%. Trata-se da menor aposta registrada pelo Relatório Focus desde o começo do ano. O mercado também segue otimista com a trajetória de inflação. Confira:

IPCA

  • 2023: de 5,06% para 4,98%
  • 2024: de 3,98% para 3,92%
  • 2025: de 3,80% para 3,60%
  • 2026: de 3,72% para 3,50%

PIB

  • 2023: de 2,18% para 2,19%
  • 2024: de 1,22% para 1,28%
  • 2025: de 1,83% para 1,81%
  • 2026: de 1,92% para 1,90%

Selic

  • 2023: de 12,25% para 12%
  • 2024: permanece em 9,50%
  • 2025: permanece em 9%
  • 2026: de 8,75% para 8,63%

Dólar

  • 2023: permanece em R$ 5
  • 2024: de R$ 5,10 para R$ 5,08
  • 2025: de R$ 5,15 para R$ 5,17
  • 2026: de R$ 5,25 para R$ 5,20

Além disso, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de indústria do Brasil caiu a 46,6 em junho, de 47,1 em maio. Com isso, o indicador apresenta mais uma contração na marca abaixo de 50 pontos. No entanto, apesar da queda na demanda de novas encomendas, os produtores permanecem otimistas com as perspectivas de crescimento.

Estados Unidos
Enquanto o mercado espera pelo feriado, o PMI Industrial dos EUA obteve uma contração em junho. Segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) o índice de manufatura caiu para 46,0 no mês passado, sendo a leitura mais baixa desde maio de 2020, de 46,9 em maio; e o oitavo mês consecutivo com a marca abaixo de 50 pontos.

Os preços pagos pelos fabricantes caiu para 41,8, comparado ao mês anterior de 42,2. Enquanto o de novas encomendas aumentou para 45,6, de 42,6 em maio.

Já os gastos com construção subiram 0,9% em maio, após alta de 0,4% em abril. Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, houve um aumento de 1,7% em maio com projetos habitacionais unifamiliares. Além disso, os gastos em projetos privados de construção apresentaram aumento de 1,1%, contando com investimentos em construções residenciais subindo 2,2%, após queda de 0,9% no mês de maio.

Europa
O PMI da indústria da Alemanha caiu para 40,6 pontos em junho, de 43,2 em maio. O resultado ficou abaixo do esperado na estimativa preliminar de 41 pontos, atingindo assim, o menor nível há mais de três anos.

Já o PMI Industrial da zona do euro caiu de 44,8 em maio para 43,4, no mês passado. Trata-se do nível mais baixo desde a pandemia do Covid-19. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6.

Por fim, no Reino Unido, o PMI Industrial caiu para 46,5 pontos em junho, de 47,1 em maio, menor nível em 6 meses. O resultado ficou acima do projetado pelos analistas de 46,2.

Ásia
Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria do Caixin/S&P Global desacelerou, caindo para 50,5 em junho, em relação aos 50,9 em maio. Se mantendo na faixa de 50 pontos, que aponta para aceleração.