Ibovespa (IBOV) dispara 1,8% com commodities alimentando ganhos; Vale (VALE3) salta 7%
O Ibovespa (IBOV) fechou em disparada de 1,83%, a 115,216 mil pontos, com a ajuda das commodities, segundo dados preliminares. Minério de ferro e petróleo subiram forte, refletindo as tensões provocadas pela guerra na Ucrânia.
O Ibovespa futuro avançou 2,5%, a 116,480 mil pontos.
Nos Estados Unidos, as principais praças acionárias também contribuíram para alimentar a alta. O Nasdaq Composite, S&P 500 e Dow Jones dispararam.
O destaque positivo ficou com as ações da 3R Petroleum (RRRP3), que subiram 13,28%, seguidas pela CSN (CSNA3) e Petrorio (PRIO3), alta de 8,41% e 9%, respectivamente. Vale (VALE3) saltou 7,88% enquanto a Petrobras (PETR4) teve ganhos de 2,2%, segundo dados preliminares.
“O mundo das commodities nada mais é que oferta (produtores) e demanda (consumidores). Se dois grandes países ofertantes de commodities estão em guerra, a demanda dos consumidores não é atendida. Eles precisam buscar outros fornecedores. E toda vez que tem muita procura por um determinado bem, o resultado é um só: preço subindo. É exatamente o que o mundo está vivenciando hoje”, explica o analista de investimentos Rob Correa.
O preço do petróleo WTI para entrega em abril chegou a bater US$ 11,80 por barril, enquanto que o barril Brent para entrega em maio alcançou US$ 113,50.
Mesmo a Opep declarando o aumento de produção em mais 400 mil barris diários, não foi o suficiente para arrefecer as cotações do petróleo.
“Vale lembrar que o petróleo WTI, no início deste ano, estava sendo negociado a módicos US$ 75/barril, enquanto o Brent estava US$ 79/barril. O minério de ferro, que começou 2022 sendo negociado na casa dos US$ 119/tonelada, chegou hoje a US$ 143/tonelada”, diz Correa.
Além disso, o dia de notícias positivas para investidores brasileiros foi mesclada com a preocupação sobre a inflação brasileira.
“Por exemplo, se o preço do barril de petróleo está aumentando tanto, onde vai parar o preço da gasolina no Brasil? O combustível é o maior componente da inflação oficial brasileira (IPCA)”, completa.