Ibovespa (IBOV) despede-se da temporada de resultados hoje e espera dados de atividade na semana
O Ibovespa (IBOV) inicia a segunda-feira (15) em clima de despedida. A temporada de resultados do 1T23 chega ao fim hoje, trazendo balanços de “queridinhas” dos investidores, como Magazine Luiza (MGLU3) e IRB (IRBR3).
Ao longo da semana, dados de atividade no Brasil e no exterior recheiam a agenda. Com isso, o foco dos mercados se concentra no ritmo da economia global. Porém, vem da China o sinal de alerta: o mundo está em desaceleração.
Dados sobre o desempenho das vendas no varejo e da produção industrial na China, à noite, devem corroborar essa percepção. Já os Estados Unidos divulgam seus respectivos números da indústria e do varejo amanhã e devem apontar na mesma direção.
Ou seja, ainda prevalece o temor de uma recessão, em meio à crise dos bancos regionais e ao impasse do teto da dívida nos EUA. A dúvida, então, é para onde os mercados vão a partir daqui?
As incertezas que envolvem a transição do tema inflação para o tema desaceleração e, eventualmente, recessão, ainda são muitas. Além disso, esse processo está apenas no início, tornando o cenário ainda de difícil visibilidade – e respostas.
Ibovespa descolado
A boa notícia é que, como se sabe, o Ibovespa é um péssimo indicativo da economia brasileira – e do humor sobre o Brasil – devido ao peso das commodities no índice. Talvez por isso, a bolsa brasileira está na contramão dos ativos de risco no exterior.
Aqui, ao que tudo indica, a situação é inversa, com a taxa Selic em 13,75% com os dias contados. Até por isso, o principal índice da renda variável local chegou na sexta-feira (12) cravando sete altas seguidas, acumulando valorização de mais de 6% no período.
O movimento foi acompanhado da “virada de mão” dos investidores estrangeiros. Depois de iniciarem maio sacando mais de R$ 2 bilhões da B3 em apenas três dias, os gringos injetaram recursos por quatro pregões seguidos, trocando o “sell in may” pelo “buy in may”.
O problema é que hoje o Ibovespa corre risco. Afinal, esse saldo positivo acumulado abre espaço para uma realização de lucros. A ver, então, se haverá forças (e apetite) para ampliar a sequência de ganhos.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h35:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,37%; o do S&P 500 tinha alta de 0,39% e o Nasdaq avançava 0,27%;
NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha alta de 0,67% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras caíam 0,17%, enquanto os da Vale avançavam 1,67%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,35%; a bolsa de Frankfurt subia 0,16%, a de Paris ganhava 0,44% e a de Londres avançava 0,42%
Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,81%; na China, Hong Kong teve alta de 1,75% e a Bolsa de Xangai avançou 1,17%;
Câmbio: o índice DXY caía 0,13%, 102.55 pontos; o euro ganhava 0,20, a US$ 1,0875; a libra subia 0,42%, a US$ 1,2500; o dólar subia 0,33% ante o iene, a 136,19 ienes;
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,480%, de 3,468% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,004%, 3,996% na mesma comparação;
Commodities: o futuro do ouro tinha leve alta de 0,03%, a US$ 2.020,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,46%, a US$ 70,36 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,34%, a US$ 74,42 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em alta de 2,80% em Dalian, a 715,50 yuans (após ajustes).