Ibovespa de cara nova em maio; entenda o que deve mudar no índice

Uma nova carteira do Ibovespa passará a valer no próximo mês. De 2 de maio a 1º de setembro, o índice, que é referência na Bolsa brasileira, deve ficar mais enxuto, passando a contar com 86 papéis, de acordo com os dados da segunda prévia da B3, divulgados nesta segunda-feira (17).

Nesta segunda atualização, a ação da Qualicorp (QUAL3) foi excluída. Não houve inclusões em relação à prévia anterior, divulgada no início deste mês.

A primeira prévia do Ibovespa contou com a entrada de IRB (IRBR3) e a saída de duas empresas, o Banco Pan (BPAN4) e a Ecorodovias (ECOR3).

A volta do IRB já era dada como provável por analistas da XP Investimentos. A ação foi cortada do índice no rebalanceamento mais recente, atualmente em vigor.

As ações do IRB batalhavam para se manter acima do patamar mínimo exigido pela B3, de R$ 1. A companhia viu suas ações atingirem mínimas históricas em 2022, refletindo uma série de notícias negativas envolvendo seu quadro financeiro.

Com a aprovação do grupamento de ações na proporção de 30 para 1, o IRB deve voltar a compor o portfólio. A ação da resseguradora é atualmente negociada na casa dos R$ 24.

Em relação às exclusões, as estimativas do Itaú BBA apontavam que Banco Pan, Ecorodovias e Qualicorp tinham a maior probabilidade de serem excluídas, juntamente com Eztec (EZTC3), que, por ora, continua na carteira.

A terceira e última prévia costuma ser divulgada no penúltimo pregão do último mês de vigência. Por isso, uma nova atualização acontecerá no dia 27 de abril.

O Ibovespa reúne os ativos com maior volume negociado no pregão da bolsa do Brasil, servindo de referência para investimentos como ETFs (Exchange traded fund) e fundos de investimentos listados em bolsa que replicam o desempenho de um índice de referência, além dos futuros de Ibovespa e das opções sobre Ibovespa.

O que define se um papel será incluído ou não no índice é a liquidez, ou seja, a capacidade que a ação tem de ser comprada ou vendida rapidamente pelos investidores.

A composição das carteiras do Ibovespa e dos demais índices de ações calculados pela bolsa do Brasil é revisada a cada quatro meses, em janeiro, maio e setembro.