Ibovespa (IBOV) corre o risco de perder os 120 mil pontos? Veja o que mostra o gráfico e o que dizem os analistas
O Ibovespa (IBOV) navega em águas turbulentas no primeiro semestre de 2024. O índice, que começou o ano no patamar dos 132,6 mil pontos, fechou o mês de maio na casa dos 122 mil pontos.
A queda é acompanhada da saída de fluxo de capital estrangeiro no acumulado do ano. Os gringos retiraram R$ 33 bilhões da bolsa de valores brasileira até o penúltimo pregão do mês passado.
Para o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, o curto prazo deve continuar “difícil” para o principal índice da B3. Isso não significa, no entanto, que, em um segundo momento, ele possa convergir para um patamar mais saudável de preços.
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“No curto prazo, a gente vai continuar sofrendo um pouquinho por conta de um cenário macroeconômico mais conturbado, apesar da atividade econômica ter surpreendido”, avaliou no programa Giro do Mercado.
Spiess diz que o Ibovespa precisa de sinais de corte de juros nos Estados Unidos para voltar a melhores patamares. “Até agora, há a possibilidade de cortes no dois cortes no segundo semestre, por conta da atividade americana, que vem surpreendendo”, afirma.
Ibovespa pode perder os 120 mil pontos?
O analista da Empiricus diz que o risco do Ibovespa perder os 120 mil pontos existe, mas não é o cenário mais provável.
“O patamar de 120 mil pontos é psicológico e, para voltar tanto, significa que vai ‘apanhar bastante’. É mais provável que fique nesse ‘reme reme’, pois o cenário mais pessimista já foi precificado”, diz Spiess.
Já os analistas gráficos do BB Investimentos ressaltam que a força do movimento de baixa do índice ainda não se encerrou, com o rompimento para baixo da média móvel de 200 dias dando um reforço à onda vendedora.
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“O índice se encontra no limite inferior de um canal secundário de baixa, objetivo que indicamos em estudos anteriores. O conjunto de indicadores sugere que essa tendência deve continuar, com próximo objetivo próximo dos 120 mil pontos”, dizem.
Os analistas notam também, com maior força, a confirmação do rompimento para baixo de um canal de alta no gráfico semanal. No entanto, movimentos de repique não podem ser descartados para a semana — como é observado no pregão de hoje.
Já os grafistas da Ágora avaliam que o índice sinaliza busca pelos 119.420 pontos. “O Ibovespa sequenciou o movimento negativo observado nas últimas sessões e perdeu a referência de suporte dos 122.500 pontos, sinalizando continuidade da queda em direção à próxima potencial região de suporte”, afirmam.