Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) começa a semana em alerta; saiba por quê

22 maio 2023, 7:56 - atualizado em 22 maio 2023, 7:56
Ibovespa começa a segunda-feira (22) com os mercados de olho na cena política, em meio à votação do novo arcabouço fiscal e ao impasse sobre o teto da dívida nos EUA (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) começa a segunda-feira (22) de olho em Brasília, onde deve acontecer a votação do novo arcabouço fiscal. Aliás, de um modo geral, os investidores estão atentos à cena política nesta semana, com o impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos também entrando em uma fase decisiva. 

Portanto, parafraseando a célebre frase de James Carville durante a campanha presidencial de Bill Clinton contra Bush pai nos anos 90, “é a política (…)” que dita o rumo dos mercados nesta semana. Afinal, soluções econômicas passam por decisões políticas. Ainda mais diante de uma agenda fraca nos próximos dias. 

A última semana cheia de maio traz apenas a prévia da inflação oficial ao consumidor brasileiro, o IPCA-15, e a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Também merecem atenção o índice de preços preferido do Federal Reserve, o PCE, e a ata da reunião do Fed no início deste mês. Mais detalhes aqui.   

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Ibovespa refém da Câmara

Já em Washington, republicanos e democratas tentam costurar um acordo para evitar um calote antes do prazo de 1º de junho. O presidente Joe Biden tem um novo encontro com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, para tentar resolver as negociações, que oscilam entre o progresso e o impasse há dias. 

Por aqui, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deve levar ao plenário da Casa a proposta que irá substituir o teto de gastos até depois de amanhã (24). A votação acontece em dois turnos. Se aprovado, o texto segue para o Senado. Em ambos os casos, é necessário o apoio da maioria absoluta, ou 257 deputados e 41 senadores. 

Enquanto aguardam, Wall Street fica travada, mas a bolsa brasileira avança. Aliás, o Ibovespa vem surfando na queda do dólar, tendo como próximo alvo os 114 mil pontos. Se tiver fôlego para buscar essa faixa, serão ganhos de mais 3% nesta semana. Daí porque é a política que volta a dominar os mercados – principalmente no Brasil. 

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve alta de 0,05%; o do S&P 500 oscilava com -0,02% e o Nasdaq caía 0,14%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha alta de 1,14% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras tinham leve baixa de 0,09%, enquanto os da Vale estava estáveis;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve alta de 0,07%; a bolsa de Frankfurt caía 0,17%, a de Paris recuava 0,19%, mas a de Londres subia 0,14%

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,90%, na oitava alta seguida; na China, Hong Kong subiu 1,17% e a Bolsa de Xangai avançou 0,39%;

Câmbio: o índice DXY tinha queda de 0,14%, 103.305pontos; o euro subia 0,18%, a US$ 1,0825; a libra estava estável, a US$ 1,2446; o dólar subia 0,05% ante o iene, a 137,97 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,661%, de 3,683% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,247%, 4,268% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha leve baixa de 0,03%, a US$ 1.980,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI tinha leve baixa de 0,10%, a US$ 71,59 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,13%, a US$ 75,48 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em baixa de 0,95% em Dalian, a 728,50 yuans (após ajustes).