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Ibovespa (IBOV) cai 2%: Queda generalizada toma conta do índice após aumento de 1 pp na Selic

12 dez 2024, 12:21 - atualizado em 12 dez 2024, 14:31
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Ibovespa chega a recuar 2%e ações do índice caem de forma generalizada após decisão do Copom (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa (IBOV) opera no vermelho após o Comitê de Política Monetéria (Copom) elevar em 1 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), para o patamar de 12,25%, na reunião de ontem (11). Ainda, o comunicado deixou uma perspectiva amarga de que mais duas elevações de mesma magnitude devem ocorrer — se concretizada, a taxa vai a 14,25% em março de 2025.

Em reação, o Ibovespa caía mais de 2% por volta de 12h22 (horário de Brasília), com queda de 2,03%, a 126.958 pontos. Ainda, as ações que compõem o índice caem de forma generalizada, com grande parte das primeiras duas horas de pregão sem altas.

Na mínima do dia, o índice caiu 2,41%, 126.476 pontos.



As maiores quedas são registradas por empresas do varejo, com Carrefour (CRFB3) recuando quase 10%, Assaí (ASAI3) 7% e Magazine Luiza (MGLU3) 6%, por volta de 11h45. Acompanhe o tempo real.

O mercado também está acompanhando de perto a nova cirurgia pela qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido. A equipe médica informou que ele passará por embolização da artéria meníngea média agora de manhã.

A princípio, é um procedimento de baixo risco, com o objetivo de evitar possíveis sangramentos no futuro. Na terça-feira (10), o presidente passou por uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma na cabeça, em decorrência da queda que sofreu em outubro.

Ibovespa pode lidar com mais alta da Selic

O próprio Copom, em seu comunicado, sinalizou uma Selic em 14,25% em março de 2025. “Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”.

Analistas do BTG Pactual e Itaú BBA, que já projetavam a alta de 1 pp na última reunião do ano, projetam agora a continuidade de um ritmo mais intenso no aperto monetário.

Para o BTG, além de duas altas de 1 pp em janeiro e março, deve haver uma alta final de 0,50 pp na reunião de maio de 2025. Dessa forma, o banco projeta que a taxa Selic terminal para este ciclo deve atingir 14,75%, permanecendo neste patamar até o final do próximo ano.

Para os analistas, os indícios sugerem que a convergência da inflação para a meta pode exigir juros ainda mais altos, a menos que haja uma desaceleração notável da atividade econômica à frente.

“Por fim, se os ajustes na política econômica não se alinharem a essa trajetória mais intensa de aumento de juros, a convergência da inflação para a meta permanecerá em risco, com deterioração mais ampla nas expectativas econômicas para 2025-2026”, afirma o BTG.

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*Com Juliana Américo

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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