Ibovespa (IBOV) avança quase 2% com recuperação de commodities e exterior favorável
O Ibovespa (IBOV)avançava cerca de 2% nesta quinta-feira, com ações de commodities entre os principais suportes, em sessão de acomodação de ativos de risco no exterior, após movimentos mais negativos nas últimas semanas por conta das preocupações com a atividade econômica global.
Às 12h05, o Ibovespa subia 1,92%, a 100.617,01 pontos, na segunda alta seguida, após começar a semana renovando uma mínima desde o começo de novembro de 2020.
O volume financeiro nesta sessão somava 8,6 bilhões de reais.
“Apesar da inflação elevada e do risco de recessão global continuarem no radar dos investidores, o tom é positivo no mercado de ações internacional”, afirmou a equipe da Ágora Investimentos, destacando que essa melhora do humor externo pode trazer alívio aos ativos domésticos.
Em Wall Street, o S&P 500 (SPX) avançava 1%, dando continuidade ao tom positivo das praças acionárias na Europa e Ásia, assim como subiram os preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo após fortes quedas recentes.
Na bolsa paulista, os últimos pregões têm sido marcados por uma queda de braço entre incertezas globais e riscos fiscais no Brasil que desanimam compras e preços de alguns papéis que desencorajam vendas pelos investidores, com o Ibovespa quase estável no acumulado da semana até a véspera.
Do ponto de vista técnico, analistas do Itaú BBA destacaram que o cenário continua delicado, com o Ibovespa mostrando dificuldade para recuperar e necessitando de “incentivo externo” para uma retomada, conforme relatório a clientes.
Destaques
Vale (VALE3) avançava 3,3%, com ações de mineradoreas e siderurgias mostrando recuperação, uma vez que os preços dos futuros do minério de ferro na Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira.
No setor, Gerdau (GGBR4) valorizava-se 6%, Usiminas (USIM5) tinha elevação de 3,9% e CSN (CSNA3) subia 4,55%.
SCL Agrícola (SLCE3) subia 5,2%, após divulgar atualizações de suas projeções de safra 2021/2022, acrescentando que a soja é a única cultura com colheita finalizada na safra 21/22, atingindo 3.994 quilos por hectare, 6,1% acima do previsto.
A recuperação das ações vem após elas tocarem na véspera uma mínima intradia desde o começo de março.
MRV (MRVE3) valorizava-se 5,4%, tendo de pano de fundo relatório do Itaú BBA, reiterando recomendação “outperform” e sua preferência pela ação da construtora no setor citando os impactos positivos de potenciais mudanças no programa habitacional Casa Verde Amarela, que eles avaliam que investidores estão subestimando.
Petrobras (PETR3; PETR4) tinha elevação de 3,8%, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo, após queda nos últimos dois pregões, a ação da petrolífera acumulou um recuo de 5%.
No exterior, o petróleo Brent mostrava acréscimo de 4,9%.
No setor, PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) subiam 3% e 2,6%, respectivamente.
BRF (BRFS) caía 1,8%, após atingir mais cedo máxima intradia em quase três meses, a 16,19 reais, fazendo a alta acumulada nesses primeiros pregões de julho chegar a 19,1%.
O papel tem encontrado suporte no atual cenário de queda dos preços do milho, que resulta em menor custo de ração aos animais, e exportações robustas de carne de frango.
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