Mercados

Ibovespa (IBOV) amplia queda para 1,5% com ‘dragão inflacionário’ nos EUA

13 set 2022, 12:11 - atualizado em 13 set 2022, 12:21
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(Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa cai mais de 1% na sessão desta terça-feira (13) após a divulgação do tão esperado CPI americano, o principal termômetro da inflação nos Estados Unidos. Por volta das 11h50, o índice tombava 1,45%, a 111.757,77 pontos.

Em Wall Street:

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI) subiu 0,1% em agosto, quando economistas consultados pela Reuters projetavam queda de 0,1%.

Além disso, o núcleo da inflação – que exclui itens voláteis como alimentos e energia – também não deu trégua: o indicador avançou 0,6% em agosto, ante +0,3% previstos. Na base anual, a alta foi de 6,3%, de +6,1% estimados; em julho, o núcleo teve alta de 5,9%.

Esse número preocupa, porque indica que a inflação persistente é disseminada e que o Federal Reserve precisará tomar uma decisão mais agressiva em relação à política econômica.

“O número de inflação veio acima do esperado, o que fez os mercados reagiram muito mal. A bolsa caiu no momento da decisão e estamos vendo o dólar subir”, afirma Fabio Fares, especialista em análise macro da Quantzed.

Para o gestor Daniel Alberini, sócio na CTM Investimentos, além do dado principal, outras medidas internas do CPI também mostraram um quadro ainda ruim, sugerindo que o Federal Reserve terá um trabalho grande pela frente.

“E quanto mais taxas de juros nos EUA, mais complexo fica para o restante do mundo, por fluxo de dinheiro migrando para lá, por risco, por volatilidade…”, afirmou.

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Cautela lá fora, otimismo aqui

Ou seja, o otimismo lá fora é permeado de cautela, diante da alta alocação dos recursos em caixa e baixa exposição ao risco.

Aqui, porém, não há motivos para tanta prudência. Com a bolsa em níveis atrativos e em meio à sinalização de queda da Selic antes cedo do que tarde, o fluxo dos investidores – estrangeiros, principalmente – segue positivo.

Ainda mais com a retomada da atividade econômica e a recuperação do mercado de trabalho. Os dados do setor de serviços em julho (9h) devem confirmar essa dinâmica, em meio ao impulso vindo do reajuste no Auxílio Brasil e ao processo de desinflação. Com isso, o que tende a definir o comportamento dos mercados domésticos é a disputa nas eleições.

E a pesquisa Ipec, divulgada ontem à noite, embaralhou o cenário. Afinal, o presidente Jair Bolsonaro parecia estar na cola do ex-presidente Lula, diminuindo a distância em relação ao rival e aumentando a possibilidade de um segundo turno. Porém, o antigo Ibope mostrou um avanço de dois pontos do petista, enquanto o candidato à reeleição ficou estagnado.

 Com Olivia Bulla e Reuters

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.