Mercados

Ibovespa (IBOV) se afoga no pessimismo americano – nem IPCA nem Petrobras (PETR4) conseguem salvar

10 abr 2024, 11:49 - atualizado em 10 abr 2024, 13:20
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Ibovespa (IBOV) afoga no pessimismo com o CPI, apesar de IPCA melhor do que o esperado (Imagem: Divulgação/B3)

No pregão desta ‘Super-Quarta’ de inflação (10), o Ibovespa (IBOV) apaga parte das altas conquistadas no começo desta semana. O principal índice da bolsa brasileira recuava 1,26%, a 128.248 pontos, por volta das 12h40.

A queda do IBOV vem após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano.

No Brasil, a alta do indicador desacelerou para 0,16% em março, frente ao avanço de 0,83% em fevereiro. O número veio melhor do que as expectativas do mercado, que projetavam uma desaceleração de 0,24% no mês. O IPCA acumula alta de 1,42% no ano e de 3,93% nos últimos 12 meses.

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Entretanto, quem amarga o humor dos mercados hoje é o CPI dos Estados Unidos (EUA), que veio acima do esperado. No mês passado, houve uma alta de 0,4% na base mensal e, no acumulado anual, chegou a 3,5%, após um ajuste sazonal.

Segundo o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, o “IPCA ficou esvaziado por conta do CPI ligeiramente mais forte”. “Juros abrem em queda nos EUA e pressionam ativos mais sensíveis, a exemplo dos mercados emergentes, como o Brasil”, explica.

Na B3, nem a alta de mais de 2% das ações da Petrobras na sessão de hoje conseguia desafogar o índice. PETR3 e PETR4, que juntas tem peso de 12,4% no Ibovespa, saltavam 2,49% e 2,01%, respectivamente.

CPI amarga humor do mercado

O Federal Reserve (Fed) deve esperar mais para começar a cortar a taxa de juros, apostam os operadores nesta quarta-feira, depois que o relatório do governo dos EUA mostrou uma inflação mais forte pelo terceiro mês consecutivo.

Operadores apostam que a queda dos juros futuros de curto prazo lá fora exclui a possibilidade de uma primeira redução nos juros pelo Fed em junho e torna até mesmo uma baixa em julho menos provável.

Após a divulgação do CPI, o CME FedWatch Tool, ferramenta que analisa as probabilidades de cortes nas taxas de juros, apresentava setembro como a reunião favorita para o início do ciclo de afrouxamento monetário, com 46,2% de chances.

Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, o cenário do CPI reforça que a conclusão do processo de desinflação segue sendo um grande desafio para a economia norte-americana.

“A leitura de hoje certamente anda na direção contrária da necessidade de confiança extra no processo de convergência para a meta de inflação que vem sendo declarado pelos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) desde o início do ano”, afirma.

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*Com informações da Reuters

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