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Ibovespa (IBOV) volta ao tom negativo com commodities e fiscal no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (18)

18 jul 2024, 10:12 - atualizado em 18 jul 2024, 10:12
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Ibovespa abriu pregão em alta, apesar de volátil, digerindo falas de Lula em entrevista nesta manhã (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Nesta quinta-feira (17), o Ibovespa (IBOV) deve repetir o desempenho da antevéspera e operar em tom negativo, em meio ao tom misto de Wall Street, recuo das commodities e atenções concentradas no cenário fiscal local. 

O principal índice da bolsa brasileira abriu com queda de 0,24%, a 129.138,79 pontos, por volta de 10h07. 



O dólar à vista (USDBRL) abriu a sessão de hoje em alta a R$ 5,4850 (+0,02%) e em sintonia com o desempenho da moeda no exterior. 

No cenário doméstico, os investidores acompanham a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.

Mais uma vez, o noticiário corporativo também segue agitado nesta quinta-feira (18). Entre os destaques, o presidente do conselho de administração da Vale (VALE3) reiterou a “lisura do processo de escolha do novo CEO” da mineradora após rumores de que Dario Durigan, número 2 do Ministério da Fazenda, teria sido sondado por conselheiros para disputar o comando da companhia.

Além disso, o mercado acompanha a notícia de que a Petrobras (PETR4) se prepara para recomprar a refinaria de Mataripe, na Bahia, segundo a Broadcast. 

No exterior, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) em manter os juros inalterados, a 3,75% ao ano, é o principal destaque. Os investidores acompanham a entrevista coletiva da presidente do BCE, Christine Lagarde, em busca de pistas sobre as próximas decisões.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (18)

Governo discute Orçamento 

Mesmo com o recesso no Congresso Nacional, Brasília permanece no foco dos investidores. Isso porque hoje (18) acontece uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) formada pelos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da FazendaFernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; da Gestão e Inovação, Esther Dweck e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa é de que novos bloqueios de despesas sejam anunciados na segunda-feira (22), quando o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre de 2024 será divulgado.

Na última terça-feira (16), Haddad afirmou que estava sendo avaliado quanto bloqueio e contingenciamento seriam necessários realizar no Orçamento de 2024, com o objetivo de cumprir as metas do arcabouço fiscal.

Precificação da oferta de Sabesp

A precificação da oferta de ações da Sabesp (SBSP3), no âmbito da privatização da companhia, será realizada hoje.

Com a oferta, o Estado ficará com cerca de 18% e o investidor estratégico 15% — posto da Equatorial (EQTL3), que ofereceu o pagamento de R$ 67 por ação, correspondente a R$ 6,8 bilhões. O restante será dividido entre minoritários.

Em destaque, o Partido dos Trabalhadores (PT) ingressou uma nova ação questionando a lei que autorizou a privatização da Sabesp no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o PT, a lei viola os princípios da competitividade e da economicidade.

A liquidação da oferta deve acontecer na próxima segunda-feira (22).

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Casas Bahia: Credores aderem ao plano de recuperação extrajudicial

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou que a Pentágono e a Opea Securitizadora aderiram ao plano de recuperação extrajudicial da rede varejista e, com isso, a empresa conseguiu a aceitação da totalidade dos detentores da dívida alvo do processo.

“A companhia seguirá com a sua 10ª emissão de debêntures, nos termos do plano de recuperação extrajudicial”, afirmou em comunicado ao mercado.

Vale (VALE3) reitera lisura no processo de sucessão do CEO 

O presidente do conselho de administração da Vale (VALE3), Daniel Stieler, reafirmou o compromisso da lisura para o processo de escolha do CEO da companhia.

Segundo ele, não há qualquer definição sobre a lista de candidatos participantes do processo até o momento e que tem “total confiança na capacidade do conselho de tomar a melhor decisão”.

Na véspera, a coluna do Lauro Jardim n’O Globo informou que Dario Durigan, considerado número 2 do Ministério da Fazenda foi sondado por conselheiros para assumir o cargo. 

Juros na Europa 

O Banco Central da Europeu (BCE) manteve a taxa de juros a 3,75%. A decisão veio em linha com as expectativas do mercado.

A autoridade monetária, porém, não deu nenhuma indicação sobre seu próximo passo, argumentando que as pressões internas dos preços continuam altas e que a inflação ficará acima de sua meta até o próximo ano.

“Embora algumas medidas da inflação subjacente tenham subido um pouco em maio, devido a fatores pontuais, a maioria das medidas permaneceu estável ou desceu ligeiramente em junho. Em conformidade com as expectativas, o impacto inflacionista do elevado crescimento dos salários foi atenuado pelos lucros”, diz o comunicado da decisão.

Na reunião passada, em junho, o BCE realizou o primeiro corte das taxas desde 2019.

*Com informações de Reuters