Ibovespa (IBOV) cai na abertura, com inflação e plano de redução da carga tributária no radar
O Ibovespa (IBOV) caía na abertura do pregão desta terça-feira (7), seguindo o desempenho dos mercados globais – que monitoram o avanço da inflação e a necessidade da escalada dos juros. Por volta das 10h05, o principal índice da Bolsa tinha perda de 0,10%, ao 110,0 mil pontos.
Os futuros do S&P recuavam 0,9% e o Stoxx 600 registrava baixa de 0,6%, após elevação acima do esperado de 50 pontos-base na taxa de juros da Austrália aumentar a preocupação com uma possível aceleração do aperto da política monetária global.
Nos EUA, diz a XP Investimentos, o foco fica por conta dos dados da inflação ao consumidor, que serão divulgados na sexta-feira. Na Europa, investidores aguardam a decisão de política monetária e o pronunciamento da Christine Lagarde, presidente do BCE, nesta quinta-feira.
Na China, o índice de Hang Seng caiu 0,6% à medida que os casos da covid-19 aumentam em Xangai após começo da flexibilização gradual das restrições.
Impostos e inflação
O mercado local também monitora as consequências do plano do governo para reduzir a carga tributária sobre os combustíveis.
O acordo anunciado prevê zerar o ICMS sobre diesel e gás de cozinha, reduzir o ICMS, zerar os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e etanol e compensar os Estados por parte da perda de arrecadação.
A Commcor destaca que apenas a expectativa da desoneração pesou nos juros e no câmbio na sessão de ontem.
A corretora lembra que a medida poderia piorar o quesito inflacionário, “o que dificultaria o encerramento do ciclo de aperto monetário já no horizonte próximo do Banco Central”.
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