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Ibovespa (IBOV) abre em alta aos 125 mil pontos com apoio de Wall Street e Lula no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (3)

03 jul 2024, 10:10 - atualizado em 03 jul 2024, 11:06
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Ibovespa abriu pregão em alta, apesar de volátil, digerindo falas de Lula em entrevista nesta manhã (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (3) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,78%, a 125.759,16 pontos, por volta de 10h05.



O destaque do dia é a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros. Ontem (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o assunto será exclusivamente sobre o cenário fiscal, mas há a expectativa de que medidas sobre o câmbio sejam discutidas — em linha com as declarações do chefe do Executivo na véspera.

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O dólar à vista (USDBRL) abriu a quarta-feira (3) em leve queda ante o real, acompanhando o desempenho da moeda norte-americana no exterior.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quarta (3)

Dólar em pauta: reunião de Lula com ministros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros da área econômica para uma reunião hoje às 16h30 (horário de Brasília). Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão), além dos secretários Dario Durigan e Bruno Moretti devem estar presentes.

Na véspera, o chefe do Executivo disse que a forte alta recente da divisa norte-americana é um ataque especulativo contra o real e “que não é normal o que está acontecendo”.

“Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação, há um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país”, afirmou.

O presidente, porém, evitou detalhar qual medida será tomada “porque senão estarei alertando meus adversários”. As críticas recentes do presidente Lula ao Banco Central têm gerado desconforto e insegurança no câmbio e nos juros.

A reunião acontece após o dólar à vista (USBRL) renovar a sua máxima do ano, cotado a R$ 5,7009, durante a sessão de ontem (2). Em meio a rumores de que o Banco Central estaria consultando as Tesourarias de bancos sobre eventual intervenção no câmbio, o dólar à vista terminou a sessão em alta de 0,22%, cotado a R$ 5,6665 na venda. Este é o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando terminou em R$ 5,6723. Em 2024, a divisa já acumula elevação de 16,8%.

Produção industrial em maio 

A indústria no Brasil voltou a registrar queda da produção em maio pelo segundo mês seguido, ainda que menos do que o esperado, impactada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e com destaque para os setores automotivo e alimentício.

A produção industrial recuou 0,9% em maio em relação a abril, marcando uma queda de 1,0% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de quedas de 1,7% tanto para a comparação mensal quanto na base anual.

Com o resultado de maio, a indústria brasileira acumulou perdas de 1,7% em abril e maio, eliminando o ganho de 1,1% registrando entre fevereiro e março.

Além disso, a indústria passou a operar 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do maior nível da série, alcançado em maio de 2011.

“(Em maio), a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e um dos fatores que explicam esse resultado são as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Plano Safra

O lançamento do Plano Safra 2024/25 acontece hoje após ter sido adiado na semana passada.

O montante liberado deve ser de R$ 475,50 bilhões, anunciando planos para a agricultura familiar e para o empresariado.

“O lançamento do Plano Safra, que poderia ser um evento de destaque hoje, acaba ficando em segundo plano diante da urgência de ajustar as declarações presidenciais, que continuam a desafiar a estabilidade do mercado”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus.

Ameaça à privatização da Sabesp?

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente doo Estado de São Paulo (Sintaema) e o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas) entraram com uma representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) para contestar a oferta de ações que vai privatizar a Sabesp. Uma ação também deve ser apresentada ao Ministério Público de São Paulo.

As entidades questionam o cálculo do valuation utilizado pelo governo de São Paulo para precificar a ação. O volume de investimentos que deve ser feito pela companhia nos próximos anos também é alvo de contestação.

Eletrobras (ELET3) encerra programa de recompra de ações

Eletrobras (ELET3) comunicou ao mercado, na noite de terça-feira (02), a conclusão de seu programa de recompra de ações.

Conforme o comunicado, foram adquiridas na B3 a preço de mercado 46.770.200 ações ordinárias e 7.032.800 ações preferenciais de classe B de emissão da companhia no total de cerca de R$ 1,97 bilhão.

“As ações recompradas serão mantidas em tesouraria, observados os objetivos previstos quando da instituição do programa, podendo ser canceladas ou alienadas no futuro”, diz a empresa.

*Com informações de Reuters 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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