Ibovespa (IBOV) abre último pregão da semana nos 135 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (30)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (30) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,60%, a 135.221 pontos, por volta de 10h06.
Por aqui, o destaque se deu aos dados da taxa de desemprego, medida pela Pnad Contínua. O indicador foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) agora de manhã.
Além disso, o mercado deve ficar de olho no eventual anual promovido pela XP Investimentos, a Expert XP 2024. Para hoje, estão programadas palestras com Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
- Bolsa ainda mais barata? Analista acredita numa alta de 20% nas ações e aponta as 10 melhores para comprar agora
O dólar à vista recuava frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, devolvendo alguns dos ganhos de sessões recentes, à medida que os investidores aguardam um leilão do Banco Central.
Day Trade:
- Eletrobras (ELET6), Energisa (ENGI11) e outras ações para comprar hoje (30) e buscar retornos de até 2,22%
- Azzas (AZZA3), Yduqs (YDUQ3) e mais ações para vender nesta sexta-feira (30)
5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (30)
PCE: Inflação dos EUA acelera 0,2% em julho e vai a 2,5% em um ano
Os preços nos Estados Unidos (EUA) subiram 0,2% no mês de julho, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta sexta-feira (30). Em um ano, o PCE foi a 2,5%, mas segue acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).
A alta na inflação do mês passado vem após um avanço de 0,1% em junho. Até aquele mês, o índice acumulava alta de 2,5% em 12 meses.
Os números vieram em linha com as projeções do mercado, que esperava um avanço mensal de 0,2% e anual de 2,6%.
Leilão do Banco Central
Hoje o Banco Central ganhou destaque, ao anunciar um leilão de venda de até US$ 1,5 bilhão no mercado à vista, visando atender a uma grande saída decorrente do ajuste de carteira do EWZ (MSCI Brazil ETF) — que passará a incluir ações brasileiras listadas no exterior, como XP e Nubank.
Este será o primeiro leilão no mercado spot desde abril de 2022, no entanto, não está diretamente relacionado ao dólar acima de R$ 5,60, embora possa ajudar a conter a volatilidade cambial.
Para Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, o fato é que o câmbio voltou a mostrar instabilidade após a formalização de Gabriel Galípolo como sucessor de Campos Neto na presidência do Banco Central, a partir do próximo ano.
“O mercado intensificou as apostas em um aumento de 50 pontos-base na Selic, projetando uma taxa de 12%. Ainda que eu tenha dúvidas se chegaremos a esse patamar, considero que uma alta nos juros agora seja praticamente inevitável para manter a credibilidade do Banco Central, que se comprometeu com essa postura mais rígida em suas recentes comunicações”, aponta.
Nesse cenário, onde o mercado deseja ver se o Banco Central seguirá suas palavras com ações, talvez um ajuste mais moderado, como duas altas de 25 pontos-base, seja suficiente para reancorar as expectativas — especialmente com a perspectiva de que os EUA comecem a reduzir seus juros em breve.
- Saiba o que vai influenciar seus investimentos hoje no Giro do Mercado às 12h. Clique no link e ative o lembrete.
EUA: ‘a corrida eleitoral’
A vice-presidente Kamala Harris concedeu sua primeira entrevista desde que foi oficializada como candidata democrata na corrida pela Casa Branca em novembro.
Matheus Spiess pondera que assistiu à entrevista e, honestamente, achou ‘fraca’. “Não apenas pela abordagem leve da jornalista, mas também pela própria candidata, que explorou pouco suas propostas”.
No entanto, o analista aponta que a renovação que ela trouxe à campanha desde a saída de Joe Biden continua, ‘embora com menos intensidade’.
“Pesquisas recentes indicam que Harris lidera Donald Trump em âmbito nacional, mas isso tem um peso limitado; afinal, a eleição será decidida em seis estados onde a disputa está acirrada, e as pesquisas regionais nem sempre são precisas. Esses seis estados se tornaram cruciais para as estratégias dos candidatos”, afirma. “Vale lembrar que a corrida está em aberto e o resultado será apertado”.
Nas seis semanas desde que Kamala Harris foi confirmada como candidata democrata, ela tem se esforçado para reformular a narrativa da campanha em torno da economia dos EUA.
Enquanto Joe Biden focava sua agenda econômica na indústria e nos empregos de colarinho azul, Harris direcionou a dela para a redução dos custos domésticos e o aumento do acesso à propriedade de imóveis.
Spiess aponta que hoje, a acessibilidade à moradia ressoa como um dos temas eleitorais mais impactantes, especialmente nos estados em que a disputa está acirrada, como Arizona, Geórgia e Nevada — onde desde 2016, o custo das hipotecas para uma casa mediana praticamente dobrou.
Nos estados industriais de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, também essenciais para a eleição, os custos das hipotecas em casas de classe média também dobraram — no entanto, representam uma proporção menor da renda mensal das famílias.
“Isso torna um plano para lidar com os custos e a oferta de moradias particularmente relevante”, finaliza o analista.
Itaú Unibanco (ITUB4) anuncia pagamento de JCP
O Itaú (ITUB4) comunicou aos seus acionistas a aprovação do pagamento de JCP (juros sobre o capital próprio).
De acordo com o banco, serão pagos de R$ 0,27298 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,232033 por ação.
Estão excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos, que serão pagos até 30 de abril de 2025.
Camil (CAML3) aprova pagamento de R$ 25 milhões em dividendos e JCP
A Camil Alimentos (CAML3) aprovou o pagamento de R$ 25 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
De acordo com o comunicado enviado ao mercado na noite de quinta-feira (29), o montante está dividido em R$ 19 milhões em JCP (R$ 0,055706838 por ação ordinária) e R$ 6 milhões em dividendos (R$ 0,017591633 por ação ordinária).