Ibovespa (IBOV) sobe mais de 1%, digerindo Selic a 13,25%; 5 coisas para saber ao investir hoje (30)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (30) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,53%, aos 124.081,12 pontos, por volta de 10h05 (horário de Brasília).
O dólar à vista subia ante o real nas primeiras negociações desta quinta, com os investidores reagindo à decisão do Copom na véspera de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, enquanto também digerem a decisão do Federal Reserve e aguardam a divulgação de uma série de dados econômicos.
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Lá fora, o mercado internacional digere a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de manter os juros entre 4,25% e 4,50% ao ano e a fala de Jerome Powell de que não precisa ter pressa para ajustar os juros.
“A política está bem posicionada para lidar com os riscos e incertezas que enfrentamos ao perseguir nosso mandato duplo”, afirmou o presidente do Federal Reserve.
Tanto no comunicado quanto no discurso de Powell, o Fed ressaltou que a inflação continua elevada, embora tenha se aproximado mais da meta de longo prazo de 2%.
Day Trade:
- Rumo (RAIL3), Tenda (TEND3) e mais 2 ações para comprar
- Engie (EGIE3), BRF (BRFS3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 3,03%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (30)
1 – Copom segue o guidance e eleva Selic em 1 p.p., a 13,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) na reunião de quarta-feira (29), em decisão unânime. A taxa básica de juros saiu de 12,25% para 13,25% ao ano — o maior patamar desde setembro de 2023.
Na reunião passada, o Comitê também elevou a taxa em 1 p.p. e, inclusive, antecipou mais duas altas da mesma magnitude em cada uma das duas primeiras reuniões de 2025.
Com o guidance dado, o ajuste veio em linha com as projeções do mercado. As Opções de Copom precificavam um aumento de 1 p.p. nesta reunião a R$ 97,10 — quanto maior o preço, maior a expectativa para o cenário.
2 – Telefônica Brasil (VIVT3) convoca assembleia para votar grupamento e posterior desdobramento de suas ações
A Telefônica Brasil (VIVT3) propôs o agrupamento de 40 ações para uma, seguido de um desdobramento de uma para 80 ações, sem alteração no valor do capital social da companhia, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a companhia, a proposta busca aumentar a liquidez das ações e otimizar a formação de seu preço, ampliando o volume de papéis negociados e ajustando sua cotação. A operação será submetida a uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para o dia 13 de março.
Na prática, a companhia vai manter em sua base de acionistas quem tem, pelo menos, 40 ações. O desdobramento servirá para deixar mais barato o preço nominal de cada papel, facilitando a negociação no mercado.
3 – Petrobras (PETR4) cancela ações mantidas em tesouraria
O conselho de administração da Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou o cancelamento de 155.468.500 ações preferenciais mantidas em tesouraria, sem redução do capital social, adquiridas por meio de seu último programa de recompra de ações.
Ainda, a companhia informou o cancelamento de outras 72.909 ações preferenciais e 222.760 ações ordinárias em tesouraria, mantidas antes do programa de recompra.
Apesar da operação, não haverá redução do valor do capital social da petrolífera. Com o cancelamento, o capital social da empresa passa a ser dividido em 7.442.231.382 ações ordinárias e 5.446.501.379 ações preferenciais da Petrobras.
4 – Azul (AZUL4) informa sobre relatório de classificação de risco da S&P Global Ratings
A Azul (AZUL4) informou ao mercado que a S&P Global Ratings avaliará a nova estrutura de capital da empresa e provavelmente elevará os ratings (classificações) da aérea nos próximos dias.
Vale lembrar que a Azul divulgou nesta semana a conclusão de sua reestruturação de suas obrigações financeiras, o que inclui acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes — abatendo US$ 1,6 bilhão em dívidas.
A companhia também captou US$ 525 milhões adicionais (o que equivale a pouco mais de R$ 3 bilhões), em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030. Esse era o último passo da reestruturação, iniciada em 2024.
5 – Alta do IGP-M desacelera a 0,27% em janeiro (mas fica acima do esperado)
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou menos do que o esperado por analistas em janeiro, em alta de 0,27%, depois de ter avançado 0,94% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (30).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,24% em janeiro, registrando forte desaceleração depois da alta de 1,21% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou ligeiramente e teve alta de 0,14% no período, depois de ter avançado 0,12% em dezembro, com aceleração em cinco das oito classes que compõem o número.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também acelerou e passou a subir 0,71% em janeiro, de uma alta de 0,51% em dezembro.
*Com informações de Reuters