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Ibovespa (IBOV) abre nos 124 mil pontos (e tenta se sustentar): 5 coisas para saber antes de investir hoje (28)

28 jun 2024, 10:11 - atualizado em 28 jun 2024, 11:51
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Ibovespa abriu pregão em alta, digerindo PCE e debate entre Trump e Biden (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (28) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,06%, a 124,386 pontos, por volta de 10h08.



Os investidores digerem a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de maio, medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos (EUA).

O dólar à vista oscilava perto da estabilidade ante o real, após ter aberto a sexta em leve viés de baixa, acompanhando o recuo da moeda norte-americana.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (28)

Debate Biden X Trump

Nesta manhã, o mercado deve repercutir o debate entre os pré-candidatos à presidência dos EUAJoe Biden e Donald Trump, que aconteceu ontem à noite (27).

O atual presidente se saiu tão mal no evento, apresentando hesitação na formulação das respostas, que já se fala em uma troca de candidato no Partido Democrata. Vale lembrar que Trump e Biden ainda não foram oficialmente confirmados para a corrida eleitoral.

Mas, quem acompanhou o debate presidencial americano ontem, presenciou um verdadeiro desastre para os democratas e para a campanha de Biden. Segundo Matheus Spiess, da Empiricus Research, a probabilidade de uma vitória de Trump em novembro deve gradualmente começar a influenciar os preços do mercado, especialmente considerando que os democratas têm poucas alternativas a não ser substituir o candidato.

“Me parece clara a derrota, se insistirem em Biden”, ponderou. Para o analista, ainda é difícil prever o futuro dos democratas a partir de agora. E apesar da possibilidade de um substituto surgir, os nomes não são animadores.

“Kamala Harris, a atual vice-presidente? Muito ruim. Gavin Newsom, o governador da Califórnia? Difícil, já que ele é visto como muito radical em questões sociais. Parece que Trump tem um caminho aberto para retornar à Casa Branca”, diz.

Contudo, isso aumenta a atenção dos investidores sobre suas propostas. Com a falta de escolha de Trump perante a seu vice, é estimada uma volatilidade.

O PCE, finalmente!

O PCE é o índice inflacionário preferido do Federal Reserve e os números podem reforçar uma postura mais contracionista do banco central americano ou dar força para a defesa de que está na hora de começar a cortar os juros.

Em maio, o índice registrou um aumento não revisado de 0,3%, se mostrando inalterado ao dado de abril. Segundo o Departamento de Comércio, nos 12 meses até maio, o índice aumentou 2,6%, após avançar 2,7% em abril.

Matheus Spiess aponta que, com os dados dessa leitura, a pressão sobre a curva de juros americana deve aliviar, criando um cenário favorável para um bom início de segundo semestre.

E o dólar? Após 10 sessões, a queda veio

Depois de 10 sessões de alta, o dólar à vista (USDBRL) recuou na comparação com o real. A moeda norte-americana terminou a quinta-feira (27) cotada a R$ 5,5075, com baixa de 0,22%.

E, a exemplo dos últimos dias, a divisa perdeu força na última hora do pregão após novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o cenário fiscal – o que, por outro lado, impulsionou o Ibovespa.

Em entrevista à rádio Itatiaia, o chefe do Executivo afirmou que “sempre há espaço para cortar despesas no Orçamento”.

Ele ainda disse que tem sido feito um estudo profundo sobre gastos nos ministérios de seu governo para avaliar a possibilidade de cortes.

Petrobras (PETR4) aumenta participação no custeio do plano de saúde corporativo

Petrobras (PETR4informou na quinta-feira (27) que implantará, a partir de julho de 2024, a alteração da relação de custeio do plano de saúde corporativo, de 60% para 70% para a companhia, na competência abril de 2024.

A estimativa é que essa mudança reduza o fluxo de caixa operacional anual da companhia em cerca de R$ 500 milhões, de acordo com a estatal.

Os impactos da alteração na relação de custeio do plano de saúde corporativo no passivo atuarial da companhia serão reportados no balanço patrimonial e nas demonstrações de resultado do segundo trimestre de 2024, após a tramitação dos processos internos de governança para elaboração das demonstrações financeiras.

Federalização da Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltou a esquentar? Empresas se pronunciam

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltaram a se pronunciar sobre uma possível federalização das estatais, que hoje são controladas pelo governo de Minas Gerais. Ambas as empresas fariam parte de um acordo do governo para abater parte da dívida do estado com a União.

Segundo a Cemig, a companhia inquiriu o acionista majoritário (governo de Minas) que respondeu que, até o presente momento, não há definição de projeto de lei referente às possíveis condições de renegociação dessa dívida.

Já a Copasa disse que a respeito das negociações sobre a dívida pública contratual do Estado de Minas Gerais com a União, até o presente momento, não há definição de projeto de lei referente às possíveis condições de renegociação dessa dívida.