Ibovespa (IBOV) tenta manter os 124 mil pontos, com 1º dia de Copom no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (28)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (28) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,13%, aos 124.697,65 pontos, por volta de 10h06 (horário de Brasília).
O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta manhã, com os investidores de olho nas medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e nos efeitos da venda global de ações de tecnologia após o surgimento de um modelo chinês de inteligência artificial de baixo custo.
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Hoje, começa a primeira etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Esta fase é reservada às apresentações técnicas de conjuntura; já a segunda — que acontece amanhã — é para decisões das diretrizes de política monetária.
A expectativa do mercado é de que o Banco Central cumpra o aviso de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, fazendo a Selic saltar para 13,25% ao ano. Se confirmado, será o maior valor desde setembro de 2023.
Day Trade:
- IRB (IRBR3), BB Seguridade (BBSE3) e mais 5 ações para comprar nesta terça (28)
- RaiaDrogasil (RADL3), Ambev (ABEV3) e outras ações para vender hoje (28) e buscar retornos de até 3,43%
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (28)
1 – 1º Copom de 2025
A reunião do Banco Central, que se inicia hoje, deve resultar, na quarta-feira (29), em uma elevação da Selic em 100 pontos-base. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, pondera que o comunicado provavelmente adotará um tom conservador, deixando espaço para ajustes futuros, caso necessário.
“Embora o BC não deva indicar uma nova alta de mesma magnitude em maio, a porteira continuará aberta, especialmente diante da deterioração das expectativas de inflação. O IPCA-15 divulgado na última sexta-feira reforçou o cenário preocupante, enquanto o Boletim Focus de ontem revelou uma revisão significativa para cima na projeção do IPCA de 2025, que passou de 5,08% para 5,50%”, diz.
Além disso, o analista destaca que há novos elementos pressionando a inflação. O aumento no preço do diesel, que parece inevitável, embora menos impactante do que um reajuste na gasolina, é mais um fator a ser considerado. O temor de ingerência política na Petrobras também segue como um risco constante.
2 – ‘Sem sinalização explícita’: Copom deve elevar Selic a 13,25% e deixar ‘portas abertas’ para maio, diz XP
Apesar de possivelmente elevar a Selic em 1 ponto percentual (p.p.) nas reuniões de janeiro e março, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve optar por “deixar as portas abertas” para a decisão de maio, avalia a XP Investimentos.
Na reunião desta semana, a expectativa é de que os diretores elevem a taxa básica de juros dos atuais 12,25% para 13,25% ao ano. Esse movimento já havia sido antecipado pelos diretores no final de 2024, quando também indicaram uma alta similar para a segunda decisão do ano.
“Os dados econômicos e as variáveis de mercado sugerem que o Copom deve manter a postura firme (hawkish) e avaliar se os efeitos das condições monetárias mais restritivas se intensificarão adiante”, afirmam o economista-chefe da casa, Caio Megale, e sua equipe.
3 – Governo apoia fusão entre Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) para fortalecer setor aéreo
Uma eventual fusão entre as companhias Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) fortaleceria o setor aéreo e evitaria que qualquer uma delas entrasse em colapso, disse à Reuters o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, sinalizando aprovação do governo à possível combinação.
A Azul e a Abra, maior investidora da Gol e da colombiana Avianca, anunciaram este mês a assinatura de um memorando de entendimento não vinculante com a intenção de combinar seus negócios no Brasil.
A fusão das duas companhias aéreas criaria uma gigante do setor na maior economia da América Latina, detendo cerca de 60% do mercado doméstico — acima do braço local da chilena Latam, que possui 40% de participação de mercado.
4 – Petrobras (PETR4) diz ter alcançado meta de produção anual de 2024
A Petrobras (PETR4) disse nesta segunda-feira (27) que em 2024 atingiu todas as metas de produção estabelecidas em seu Plano Estratégico 2024-2028+, dentro do intervalo de ±4%.
A produção total de óleo e gás natural alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). A produção comercial de óleo e gás natural alcançou 2,4 milhões de boed e a produção de óleo foi de 2,2 milhões de barris por dia (bpd).
A companhia disse ter estabelecido novos recordes anuais de produção total própria e operada no pré-sal, com 2,2 milhões de boed e 3,2 milhões de boed, respectivamente. O volume de produção no pré-sal representa 81% da produção total da companhia.
5 – Em resposta à ameaça de tarifas de Trump, Taiwan diz que negócio de chips com EUA é ‘ganha-ganha’
O negócio de semicondutores entre Taiwan e os Estados Unidos é um modelo “ganha-ganha” para ambos os lados, dado o alto nível de complementaridade, disse o Ministério da Economia da ilha nesta terça-feira (28), em resposta às ameaças de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Trump disse na segunda-feira (27) que planeja impor tarifas sobre chips, produtos farmacêuticos e aço importados em um esforço para fazer com que os produtores os produzam nos Estados Unidos.
“Os setores de semicondutores e de outras tecnologias de Taiwan e dos EUA são altamente complementares entre si, especialmente o modelo de fundição de Taiwan projetado pelos EUA, que cria um modelo de negócios vantajoso para as indústrias de Taiwan e dos EUA”, disse o Ministério da Economia de Taiwan em um comunicado em resposta.
*Com informações de Reuters