Ibovespa (IBOV) flerta com os 133 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (27)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (27) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 1,08%, a 133.009 pontos, por volta de 10h03.
O dólar à vista tinha leve baixa frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, afetado pelo contínuo apetite por risco no exterior, após as promessas de novas medidas de estímulo econômico na China.
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Day Trade:
- Itaú (ITUB4), Gerdau (GGBR4) e outras ações para comprar hoje (27) e buscar retornos de até 4,7%
- Prio (PRIO3), Magazine Luiza (MGLU3) e mais 4 ações para vender nesta sexta-feira (27)
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (27)
PCE: Inflação dos EUA acelera 0,1% em agosto e vai a 2,2% em um ano
O índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) subiu 0,1% em agosto, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). Em um ano, o PCE foi a 2,2% e segue acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).
A alta na inflação do mês passado vem após um avanço de 0,2% em julho. Até aquele mês, o índice acumulava alta de 2,5% em 12 meses.
As variações mensal e anual vieram abaixo das projeções do mercado, de 0,2% e 2,3%, respectivamente.
Petróleo volta para baixo de US$ 72 por barril
Nesta manhã (27), o petróleo dá sinais de recuperação após uma queda acentuada ontem, quando o preço do barril recuou mais de 1%, ficando abaixo de US$ 72.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, a recente desvalorização foi impulsionada pelo anúncio de que a Arábia Saudita planeja aumentar sua produção a partir de dezembro, uma decisão que pode exercer ainda mais pressão sobre os preços.
“A maior exportadora de petróleo do mundo está se distanciando de sua meta não oficial de manter o barril em torno de US$ 100, marcando uma mudança significativa na estratégia da OPEP+, que vinha cortando a produção desde 2022 para sustentar o mercado”, aponta.
Para o analista, a motivação por trás dessa mudança estratégica é a tentativa saudita de recuperar sua fatia de mercado, mesmo sabendo que precisa de preços entre US$ 90 e US$ 100 por barril para equilibrar seu orçamento.
“A frustração com a falta de comprometimento de alguns membros da OPEP em aderir aos cortes de produção também influenciou essa decisão”, pondera.
Além disso, a expectativa de um aumento na oferta de petróleo da Líbia contribuiu para a revisão das projeções do mercado, que até então estavam otimistas devido às recentes medidas de estímulo monetário adotadas pela China.
Brasil: ‘Não há como fugir do aperto monetário’
Por aqui, o mercado segue repercutindo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado ontem (27), bem como o comunicado que acompanhou a decisão do Copom na semana passada, e a ata da reunião divulgada na terça-feira (24). O relatório reforçou o tom hawkish (contracionista) do Banco Central.
No entanto, Matheus Spiess aponta que isso não impediu o Ibovespa de alcançar seu maior patamar em uma semana, impulsionado pelo otimismo dos investidores com as promessas de novos estímulos econômicos por parte do governo chinês, que beneficiaram especialmente ações ligadas a commodities.
“O cenário torna-se cada vez mais claro em relação ao ciclo de aperto monetário no Brasil, que deve levar a Selic para 12%, ou até acima disso, como algumas instituições financeiras já começaram a prever”, diz.
O Relatório de Inflação, por exemplo, trouxe estimativas de que o IPCA permanecerá fora da meta até pelo menos o início de 2027, quando deve atingir 3,2%. Para os 12 meses até o segundo trimestre de 2026, o BC projeta inflação de 3,5% — o mesmo valor estimado para o horizonte relevante atual da política monetária, o qual é o primeiro trimestre de 2026.
Isso sinaliza que será necessária uma alta da Selic maior do que a prevista pelo mercado (para além do apontado no relatório Focus) para trazer a inflação de volta à meta.
“Embora eu acredite que o Banco Central continuará elevando os juros, mantenho certo ceticismo quanto à intensidade desse aperto. Não estou convencido pelas projeções que apontam a Selic em 13% no início do próximo ano como o ponto final do ciclo de alta”, afirma.
Para o analista, ainda há muitas variáveis em jogo até lá, especialmente no que diz respeito à continuidade da queda dos juros em economias desenvolvidas (notavelmente, os EUA), à implementação de novas medidas de contenção de gastos pelo governo — o próximo relatório de avaliação de receitas e despesas primárias será divulgado no final de novembro (dia 22) — e à tendência de fortalecimento do real.
- Veja o que está influenciando os mercados no Giro do Mercado nesta sexta-feira (27) e prepare seus investimentos:
Vale (VALE3) esclarece em que pé está com a Aliança Energia
A Vale (VALE3) enviou comunicado ao mercado esclarecendo que segue na busca por potenciais parceiros para a Aliança Geração de Energia. No entanto, neste momento, não há qualquer instrumento vinculante ou decisão tomada a respeito de quem será o potencial parceiro, ou sua estrutura de capital.
O comunicado da mineradora ocorre após notícias circularem na mídia informando que a companhia estaria avançando na operação.
Segundo a mineradora, o aumento da participação na empresa é um passo importante para a criação de uma plataforma de energia, que potencialmente contemplará outros ativos de seu portfólio.
Prio (PRIO3) adquire 40% do campo de Peregrino no Rio de Janeiro por US$ 1,9 bilhão
A Prio (PRIO3) informou ao mercado que assinou nesta sexta-feira (27) contrato de compra e venda com a SPEP Energy e a Sinochem para a aquisição da participação da empresa asiática de 40% no campo de Peregrino, no Rio de Janeiro.
Conforme o documento, o novo consórcio será formado pela Equinor, operadora do Campo com 60% de participação, e pela petrolífera, com 40%. A aquisição tem valor de US$ 1,9 bilhão, sendo US$ 191,5 milhões pagos na assinatura do contrato e mais US$ 1,72 bilhão pago na conclusão da transação.
A empresa e suas subsidiárias também contavam com US$ 632 milhões em prejuízos fiscais em 31 de dezembro de 2023, diz o fato relevante. A conclusão do negócio está sujeita às condições precedentes usuais para este tipo de transação, como aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e waiver ou expiração do prazo do direito de aquisição por parte da Equinor em até 30 dias.
*Com informações de Reuters