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Ibovespa (IBOV) abre sem direção definida aos 132 mil pontos de olho nos EUA; 5 coisas para saber ao investir hoje (27)

27 mar 2025, 10:16 - atualizado em 27 mar 2025, 10:31
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Ibovespa abre sem direção definida nesta quinta-feira, 27 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (27) sem uma direção definida. O principal índice da bolsa brasileira avança 0,03%, aos 132.548,65 pontos, por volta de 10h03 (horário de Brasília).



O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta quinta, à medida que os investidores analisavam dados de inflação no Brasil e o Relatório de Política Monetária do Banco Central, enquanto reagiam aos novos anúncios de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por volta das 10h, o dólar avançava 0,32%, a R$ 5,7540.

Do lado corporativo, saem os resultados do quarto trimestre (4T24) da Oncoclínicas (ONCO3), Ser Educacional (SEER3), Ambipar (AMBP3), Simpar (SIMH3) e JHSF (JHSF3).

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Radar do mercado:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (27)

1 – As novas tarifas chegaram

Ontem à noite, Donald Trump anunciou a imposição de tarifas de até 25% sobre importações de automóveis e autopeças, ampliando a guerra comercial que ele vem travando desde que voltou à Casa Branca.

A expectativa é de que a medida, que deve começar a valer a partir do dia 03 de abril, atraia as fábricas de volta para os Estados Unidos e ainda proporcione uma receita anual de US$ 100 bilhões.

“O que faremos é aplicar uma tarifa de 25% a todos os carros que não forem fabricados nos Estados Unidos”, disse Trump no Salão Oval. “Começamos com uma base de 2,5%, que é o que estamos fazendo, e vamos para 25%.”

O presidente norte-americano ainda planeja anunciar tarifas recíprocas no dia 02 de abril. No entanto, ele fez um aceno para o mercado, afirmando que as taxas podem ser menores do que ele estava se comprometendo. Os investidores estão preocupados com o impacto do “tarifaço” de Trump na economia dos EUA.

“Vamos torná-las muito brandas”, disse Trump. “Acho que as pessoas ficarão muito surpresas. Será, em muitos casos, menor do que a tarifa que eles vêm cobrando há décadas.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão de Trump, dizendo que ele não é o “xerife do mundo” e que é importante conversar com os líderes de outras nações.

Segundo Lula, Brasil responderá à tarifação recorrendo à Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotando a reciprocidade caso a reclamação não surta efeito. “Não vejo um quadro positivo nessa política de aumento de taxação”, disse.

2- IPCA-15: Inflação sobe 0,64% em março e acumula alta de 5,26% em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,64% em março, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 1,23% apurada em fevereiro.

A prévia da inflação acumula alta de 1,99% no ano e de 5,26% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 1,34% e 4,96%, respectivamente.

O acumulado do ano do IPCA-15 segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.

3 – Banco Central vê inflação acima de 5% e PIB abaixo de 2% em 2025, mostra Relatório de Política Monetária

Banco Central (BC) atualizou suas projeções para a economia brasileira no Relatório de Política Monetária (RTM) divulgado nesta quinta-feira (27).

A estimativa do banco para a inflação em 2025 é de 5,1%. O BC diz que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve seguir com variações mensais elevadas e o acumulado em 12 meses deve permanecer ao redor de 5,5% — as projeções apontam para 5,5% e 5,6% nos três primeiros trimestres, e 5,1% no final do ano.

No curto prazo, o banco espera altas na inflação de 0,63% em março, 0,42% em abril, 0,26% em maio e 0,27% em junho.

De acordo com o documento, o índice de preços cairia para 3,7% em 2026 e 3,1% no terceiro trimestre de 2027 — horizonte relevante de política monetária.

Nas projeções para o IPCA, o BC considera a taxa de câmbio no patamar de R$ 5,80 por dólar, valor 2,5% menor do que no Relatório de dezembro.

O BC também piorou sua estimativa de crescimento econômico do Brasil este ano de 2,1% para 1,9%. O Ministério da Fazenda prevê expansão de 2,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) e o mercado, segundo a última pesquisa Focus, estima que a economia crescerá 1,98% em 2025.

Veja as demais projeções.

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4 – PIB dos Estados Unidos cresce 2,4% no 4T24 e fecha o ano a 2,8%

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos (EUA) expandiu a uma taxa anualizada de 2,4% no quarto trimestre de 2024 (4T24), mostra a terceira e última leitura divulgada nesta quinta-feira (27).

O número refletiu, principalmente, aumentos nos gastos do consumidor e gastos do governo que foram parcialmente compensados ​​por uma redução no investimento, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA). As importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, diminuíram no período.

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado. Nas duas primeiras leituras, divulgadas em janeiro e fevereiro, o PIB americano registrou alta de 2,3%.

5- Lucro líquido ajustado da Equatorial (EQTL3) soma R$ 1,01 bi no 4º trimestre, queda de 0,9%

O grupo Equatorial Energia(EQTL3) reportou lucro líquido de R$ 1,01 bilhão no quarto trimestre de 2024, queda de 0,9% em comparação com igual período de 2023. No acumulado do ano, o lucro da companhia totalizou R$ 2,522 bilhões, aumento de 19,4% em base anual de comparação.

De outubro a dezembro, a receita líquida da Equatorial totalizou R$ 12,6 bilhões, crescimento de 12,2% em relação ao quarto trimestre do ano anterior. Em 12 meses, a receita do grupo totalizou R$ 45,3 bilhões, elevação de 10,7%, na comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 3,20 bilhões no último trimestre de 2024, alta de 16,2%, na mesma base de comparação.

*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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