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Ibovespa (IBOV) tenta sustentar os 130 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (25)

25 out 2024, 10:13 - atualizado em 25 out 2024, 10:13
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Ibovespa abre em alta nesta sexta-feira, 25 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (25) sem direção única, meio volátil. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,03%, a 130.099 pontos, por volta de 10h06.



Do lado internacional, a agenda econômica segue esvaziada, com destaque para o Índice de Sentimento do Consumidor dos Estados Unidos, medido pela Universidade do Michigan.

Enquanto isso, os investidores se preparam para a semana que vem, quando saem os últimos dados de emprego antes da reunião do Federal Reserve de novembro. Além disso, o mercado se prepara para a reta final da corrida eleitoral nos Estados Unidos, com uma possível vitória de Donald Trump — mas ainda com as pesquisas indefinidas.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (25)

Eleições dos EUA: ‘corrida apertada’

Quando os americanos forem às urnas em 5 de novembro, eles escolherão mais do que apenas o próximo presidente. Isso porque, as eleições também determinarão o controle sobre disputas cruciais para a Câmara dos Deputados, o Senado e cargos de governador, decidindo qual partido poderá apoiar ou bloquear a agenda do futuro presidente.

No Senado, por exemplo, os democratas estão em uma posição defensiva, enquanto os republicanos precisam ganhar apenas duas cadeiras — ou uma cadeira, caso conquistem também a Casa Branca (com o voto de desempate do vice-presidente) — para assumirem o controle da casa.

Embora 34 cadeiras estejam em disputa, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, pondera que o equilíbrio de poder provavelmente será decidido em apenas nove estados-chave: Michigan, Ohio, Pensilvânia, Wisconsin, Arizona, Nevada, Montana, Nebraska e Texas.

“A expectativa é de que os republicanos consigam virar o Senado a seu favor”, diz. “Na Câmara dos Deputados, o cenário é um pouco diferente. O controle dependerá de 27 disputas altamente competitivas”.

O analista aponta que os republicanos estão na defensiva, “mas podem manter a maioria se conseguirem vencer em 12 dessas 27 disputas acirradas”.

Estados como Califórnia, onde quatro republicanos defendem cadeiras em distritos que votaram em Joe Biden em 2020, e Nova York e Nova Jersey, onde ambos os partidos lutam pelo controle dos subúrbios, serão os principais campos de batalha.

“Como o cenário-base é de Congresso dividido, independente de quem seja o presidente, os democratas devem reconquistar a casa legislativa, mas há mais chance dos republicanos conseguirem levar as duas juntos do que os democratas”, finaliza.

Ásia e o sentimento de nervosismo

A maioria das ações asiáticas teve um desempenho estável nesta sexta-feira (25), refletindo a falta de novos impulsos que pudessem guiar os investidores.

Matheus Spiess aponta que o destaque negativo ficou por conta do mercado japonês, onde as ações caíram de forma mais acentuada em meio à apreensão antes de uma eleição geral marcada para o fim de semana.

Pesquisas de veículos de mídia locais indicam que a coalizão governante, liderada pelo Partido Liberal Democrata (LDP), que é o partido que mais tempo governou o Japão, pode enfrentar dificuldades para garantir a maioria absoluta, possivelmente precisando formar alianças com partidos regionais menores.

Além do cenário eleitoral, o analista pondera que o sentimento em relação ao Japão foi afetado por crescentes preocupações sobre uma possível intervenção do governo no mercado de câmbio, à medida que o iene se aproxima das mínimas de três meses. Isso, após repetidos avisos sobre essa intervenção, pressionaram ainda mais o clima de negócios.

“Para colocar lenha na fogueira, o índice de preços ao consumidor para a região de Tóquio em outubro veio abaixo das expectativas, enfraquecendo o iene.”, pondera. “Uma inflação mais baixa reduz a necessidade de altas adicionais na taxa de juros, o que torna a moeda menos atraente em comparação com o dólar, contribuindo para sua depreciação”.

  • O que fazer com as ações da Vale após o resultado? Saiba a resposta no Giro do Mercado desta sexta-feira: 

Vale (VALE3) lucra US$ 2,4 bilhões no 3T24, queda de 15%, mas bate expectativas

A Vale reportou lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 2,4 bilhões no 3T24, queda de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. No trimestre, o recuo foi de 13%. Apesar da baixa, o número ficou acima do consenso da Bloomberg de US$ 1,8 bilhão.

O Ebtida, que mede o resultado operacional, ajustado e profarma, caiu 21% no ano e 6% no trimestre, somando R$ 3,7 bi. Como o previsto, a linha sentiu os preços realizados de finos de minério de ferro menores e custos de frete maiores.

O resultado até poderia ter sido pior, não fosse a disparada da real. Por ser uma exportadora, a Vale se beneficia da desvalorização do real, já que a maior parte das suas receitas são em dólar. E por falar em receita, a companhia fechou a linha com US$ 9,5 bi, queda de 10%.

Usiminas (USIM5) sai do prejuízo e lucra R$ 185 milhões no 3T24

A Usiminas registrou lucro líquido de R$ 185 milhões no 3T24, mostra balanço divulgado nesta sexta-feira (25). O valor representa uma reversão frente ao mesmo período do ano passado e ao último trimestre, quando a siderúrgica teve prejuízos de R$ 166 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia foi de R$ 426 milhões no período. Trata-se de uma alta de 72% na comparação trimestral e melhora frente ao resultado negativo de R$ 20 milhões na comparação anual.

Já a receita líquida da Usiminas no período acumulou R$ 6,8 bilhões, aumento de 7% ante o trimestre passado. Em relação a mesma etapa de 2023, a companhia registrou uma alta de 2% na receita.

Além dos resultados do terceiro trimestre, a Usiminas atualizou suas projeções acerca dos investimentos para o ano de 2024 para R$ 1,1 bilhão.

Segundo a companhia, as estimativas são “meras previsões e refletem as expectativas atuais da administração em relação ao futuro da Usiminas”.

Confiança do consumidor brasileiro volta a recuar em outubro após 4 altas, mostra FGV

A confiança dos consumidores brasileiros voltou a recuar em outubro após quatro altas consecutivas, devido a uma forte piora nas expectativas para os próximos meses e apesar da recuperação na percepção sobre a situação atual, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 0,7 ponto em outubro, chegando a 93,0 pontos, após avanço de 0,5 ponto em setembro.

“Após quatro meses em alta, a confiança do consumidor recua em outubro, em um movimento de acomodação das expectativas para os próximos meses. No mês, apenas o indicador que mede a percepção corrente sobre a economia registrou alta”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

* Com informações de Reuters