Ibovespa (IBOV) sobe aos 125 mil pontos, com IPCA-15 e popularidade de Lula; 5 coisas para saber ao investir hoje (25)
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O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (25) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,02%, aos 125.430,29 pontos, por volta de 10h03 (horário de Brasília).
O dólar à vista avançava ante o real nas primeiras negociações de hoje, ampliando os ganhos da véspera, à medida que os investidores avaliavam novos dados de inflação no Brasil e notícias sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Por volta das 10h, dólar à vista subia 0,32%, a R$ 5,7968 na venda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito diversas tentativas para tentar recuperar a sua popularidade após a pesquisa do Datafolha indicar uma queda importante. Porém, o mercado teme que essas medidas, ao injetarem mais dinheiro na economia, elevem a pressão inflacionária, exigindo juros mais altos por um período prolongado.
Day Trade:
- Day Trade: BB Seguridade (BBSE3), Petrobras (PETR4) e mais 2 ações para comprar
- Day Trade: Prio (PRIO3), JBS (JBSS3) e outras ações para vender
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (25)
1 – Lula tenta recuperar popularidade
Nas últimas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem participado de um número crescente de eventos na tentativa de recuperar sua popularidade. No entanto, ontem, o petista surpreendeu o mercado ao anunciar o pagamento de R$ 1.000 aos jovens do programa Pé de Meia, a partir de hoje, além da gratuidade integral para todos os remédios da Farmácia Popular.
Além disso, o governo prepara uma Medida Provisória para liberar o FGTS aos trabalhadores demitidos que aderiram à modalidade de saque-aniversário.
O presidente também tem prometido ampliar o programa Auxílio Gás, que atualmente beneficia 5 milhões de famílias, para alcançar 22 milhões. O problema é que não há previsão orçamentária para essa expansão, e o custo estimado de R$ 13,6 bilhões contrasta com os R$ 600 milhões reservados para o programa no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Após o Carnaval, também é esperada uma Medida Provisória para facilitar o acesso ao crédito consignado no setor privado.
2 – IPCA-15
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 1,23% em fevereiro, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número indica uma aceleração em relação à alta de 0,11% apurada em janeiro.
A prévia da inflação acumula alta de 1,34% no ano e de 4,96% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 0,11% e 4,50%, respectivamente.
O acumulado do ano do IPCA-15 segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.
O IPCA-15 veio abaixo das expectativas do mercado. A projeção era de que o índice subiria 1,35% este mês e aceleraria para 5,07% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.
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3 – Tarifas de Trump
O prazo da redução de tarifas ao México e Canadá está acabando e o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pressionar para tarifas mais agressivas a partir da próxima semana.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que taxar itens essenciais como gás propano e abacates — ingredientes básicos para o americano médio, do churrasco à torrada matinal — seria um tiro no pé, com impacto imediato no bolso do consumidor. Ele ressalta que esse estilo “teatral” de Trump já está na conta dos mercados.
Enquanto isso, a União Europeia já se prepara para as possíveis taxações. Bruxelas ampliou a lista de produtos americanos que podem ser alvo de tarifas retaliatórias, caso a Casa Branca leve adiante a ameaça de taxar exportações de aço e alumínio.
“Se as medidas forem implementadas, até US$ 29,3 bilhões em exportações europeias podem ser afetadas, especialmente se produtos derivados forem incluídos no pacote — esse impacto seria quatro vezes maior do que o causado no último mandato de Trump contra o setor de metais europeu”, avalia.
4 –MRV&Co (MRVE3) tem prejuízo maior no 4º trimestre
O grupo MRV&Co (MRVE3) teve prejuízo ajustado de R$ 153,8 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), ampliando resultado negativo de R$ 125,5 milhões de um ano antes, informou a empresa em balanço financeiro.
A MRV Incorporação, principal unidade do grupo, que inclui as marcas MRV e Sensia, teve lucro líquido ajustado de R$ 78 milhões nos meses de outubro a dezembro do ano passado, revertendo prejuízo de R$ 31 milhões na mesma etapa de 2023.
Com esse desempenho, o grupo encerrou 2024 com prejuízo acumulado de R$ 128,3 milhões, pressionado pela operação norte-americana Resia, mas menor que o resultado negativo de R$ 330,2 milhões de 2023.
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5 – Vale (VALE3) divulga lista de indicados para o conselho de administração da mineradora
A Vale (VALE3) divulgou ao mercado a lista de nomes indicados ao conselho de administração da mineradora, para o mandato vigente entre 2025 e 2027. Ao todo, 12 nomes são mencionados.
Segundo o documento divulgado na segunda (24), os candidatos serão submetidos à eleição em assembleia geral ordinária, que deve ocorrer em 30 de abril de 2025, com convocação esperada em 17 de março de 2025.
*Com informações de Reuters