Ibovespa (IBOV) mira os 133 mil pontos, com Ata do Copom no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (24)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (24) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,38%, a 131.065 pontos, por volta de 10h05.
O dólar à vista recuava frente ao real nesta terça, em linha com a fraqueza no exterior, à medida que investidores analisavam os impactos do anúncio de medidas de estímulo econômico na China em países emergentes e a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central.
- VEJA TAMBÉM: Copom sobe Selic para 10,75% e dá sinal de preocupação com a inflação; veja opção na renda fixa para se proteger contra a alta do IPCA
Day Trade:
- Embraer (EMBR3) e mais 4 ações para comprar nesta terça-feira (24)
- Sabesp (SBSP3), Bradesco (BBDC4) e outras ações para vender hoje (24) e buscar retornos de até 6,8%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (24)
Ata do Copom mantém tom duro e cita condições que ditam ajustes futuros na Selic
O Banco Central divulgou na manhã desta terça-feira (24) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, a autoridade monetária optou elevar a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano.
Na ata, o Comitê ressalta que a resiliência na atividade, as pressões no mercado de trabalho, o hiato do produto positivo, a elevação das projeções de inflação e as expectativas desancoradas demandam uma política monetária mais contracionista.
Os membros do Copom, no entanto, não se comprometem com estratégias futuras.
Eles apenas afirmam que o ritmo de ajustes futuros na Selic e a magnitude do ciclo serão ditados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.
Confira a ata do Copom na íntegra
E a Reforma Tributária?
A falta de acordo entre o governo e o Congresso resultou no bloqueio das deliberações no Senado, a partir de segunda-feira (23), em relação ao principal projeto de regulamentação da reforma tributária.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, desde agosto, o texto segue sem relator designado, criando um impasse que tem travado seu andamento.
Senadores solicitaram ao governo a retirada do pedido de urgência, argumentando que o período eleitoral dificultaria a análise adequada dentro do prazo constitucional de 45 dias. No entanto, o Palácio do Planalto optou por manter o ritmo acelerado de tramitação.
“Pelo regimento, o projeto deveria ter sido votado até o último domingo, mas como isso não aconteceu, a pauta do Senado foi trancada”, aponta.
Para o analista, embora não haja votações críticas previstas antes das eleições, a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, marcada para 8 de outubro, pode ser prejudicada.
“Com a pauta trancada, apenas matérias com prazos constitucionais definidos poderão ser apreciadas. Isso representa um desafio adicional para um governo que já se encontra em posição de minoria no Congresso e enfrenta uma corrida contra o tempo para aprovar essa e outras propostas importantes”, pondera.
Além disso, Spiess afirma que o bloqueio dificulta o avanço de outras etapas da reforma tributária, como a reforma da tributação sobre a renda — que deveria ser implementada gradualmente, mas agora se torna ainda mais incerta.
- As melhores estratégias para investir em FIIs com a alta da Selic; Confira no Giro do Mercado ao vivo desta terça-feira (24) no player abaixo:
BlackRock vende ações do Assaí (ASAI3)
A BalckRock diminuiu sua participação acionária no Assaí (ASAI3). A posição, agora, é de 131 milhões em ações ordinárias, correspondendo a 9,8% da companhia.
Além disso, o comunicado afirma que o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento, não buscando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia.
Cielo (CIEL3): Resgate compulsório de ações que sobraram da OPA é aprovado pelo valor de R$ 5,89
A Cielo (CIEL3) informou ao mercado que realizará o resgate compulsório das ações que restaram em circulação, após a realização a oferta pública de ações (OPA) que fechou o capital da empresa, mostra comunicado de segunda-feira (23).
Aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a medida obrigada os acionistas minoritários que permaneceram com CIEL3 a vender suas ações para os controladores.
Segundo o comunicado da Cielo, os titulares das ações vão receber o valor idêntico ao preço por ação da OPA, de R$ 5,82, ajustado pela taxa Selic acumulada desde 16 de agosto, data de liquidação do leilão, até a data do pagamento, que será em 26 de setembro de 2024. Dessa maneira, o valor final será de R$ 5,89.
Grupo Mateus (GMAT3) pagará R$ 100,4 milhões em juros sobre capital próprio
O Grupo Mateus (GMAT3) aprovou em conselho a distribuição de juros sobre capital próprio no montante total bruto de R$ 100,4 milhões, com base nas reservas de lucros da companhia, equivalente ao valor bruto de R$ 0,0454477290 por ação, desconsideradas as ações em tesouraria.
“Terão direito aos JCP declarados as pessoas inscritas como acionistas da companhia na data-base de 26 de setembro de 2024, respeitadas as negociações realizadas até essa data, inclusive. As ações da companhia serão negociadas ex-direitos ao recebimento dos JCP a partir de 27 de setembro de 2024”, disse o Grupo Mateus.
A varejista informou que o pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado em uma única parcela até o dia 31 de dezembro de 2024, em data a ser ainda fixada pela diretoria e informada aos acionistas.
*Com informações de Reuters