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Ibovespa (IBOV) abre nos 135 mil pontos, antes de Jerome Powell no Jackson Hole: 5 coisas para saber ao investir hoje (22)

23 ago 2024, 10:13 - atualizado em 23 ago 2024, 10:13
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Ibovespa abre em alta nesta sexta-feira, 23 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (23) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,42%, a 135.740 pontos, por volta de 10h08.



Por aqui, o dia é de agenda fraca, com os investidores de olho no evento do banco central americano e tentando acompanhar o otimismo do mercado para recuperar as perdas de ontem.

O dólar à vista recuava antes do real nas primeiras negociações desta sexta, em linha com a fraqueza da divisa norte-americana no exterior.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta sexta (23)

‘Ele não para de falar’

No Brasil, após vários movimentos de alta, o principal índice de ações local recuou 0,95% ontem (22), fechando aos 135.173 pontos.

Para Matheus Spiess, da Empiricus Research, esse declínio foi influenciado não apenas pela volatilidade nos mercados de juros americanos, mas também pelas repetidas declarações de Gabriel Galípolo.

Como observou Luis Stuhlberger no evento do BTG Pactual desta semana, Galípolo tem insistido em reiterar a possibilidade de elevação dos juros a cada oportunidade.

Spiess aponta que, a partir do momento em que uma mensagem já foi compreendida, não há necessidade de reforçá-la em “cada ida à padaria”, como Galípolo insistiu diversas vezes no assunto. “Me vê alguns pãezinhos, X gramas de presunto e Y gramas de queijo, lembrando, claro, que posso subir os juros se for preciso”.

“Se já era difícil concordar com uma única alta, por mais que agora pareça inevitável, imagine concordar com algo dessa magnitude. Não, de forma alguma”, pondera o analista.

O exagero tem sido tanto que há pessoas sérias considerando três aumentos de 50 pontos-base. Com isso, Galípolo se viu obrigado a responder às críticas, enfatizando que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive a de não subir os juros.

Mais um dia de Jackson Hole: o que esperar de Powell

Desde ontem, quinta-feira (22), a pequena cidade americana de Moran, no Wyoming, é palco de um dos principais eventos da economia: o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole. O evento dura até sábado, 24 de agosto.

O evento recebe o nome do vale onde Moran está localizada e receberá presidentes dos principais bancos centrais do mundo. Além disso, também contará com a presença de economistas, políticos e empresários.

Na ocasião, serão discutidas as políticas econômicas adotadas por banqueiros centrais e os rumos da economia global, sendo que o assunto principal deste ano é a eficácia e transmissão das políticas monetárias. Temas em voga no momento, como inflação e risco global, também serão destaque.

Tradicionalmente, o discurso mais esperado é sempre o do presidente do Federal Reserve. E é aí que Jerome Powell entra em cena.

Neste ano, Powell sobe ao palco menos de um mês antes da reunião mais esperada do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Com isso, o discurso de Powell, marcado para esta sexta (23), pode calibrar as expectativas em relação ao afrouxamento monetário dos Estados Unidos.

“É esperado que Powell reforce que as decisões do Fed continuarão a ser baseadas em dados, ao mesmo tempo em que reafirme a postura moderada adotada pelos membros do Federal Reserve”, afirma Matheus Spiess, estrategista da Empiricus.

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Presidentes do Fed sinalizam que caminho para corte de juros nos EUA em setembro parece estar traçado

Os presidentes do Federal Reserve (Fed) de diversas cidades norte-americanas sinalizaram estar de mente aberta para iniciar o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos na reunião de 17 e 18 de setembro.

Em entrevistas à Reuters, em Jackson Hole — onde autoridades de bancos centrais globais estão reunidas para o simpósio econômico anual do Fed — Susan Collins, de Boston, e Patrick Harker, da Filadélfia, mostraram apoio ao início da flexibilização monetária nos EUA.

Para Collins, a importância de preservar o mercado de trabalho saudável à medida que reduz a inflação é uma das razões pelas quais o momento parece apropriado para começar a flexibilizar. A presidente deu ênfase ainda em uma abordagem “gradual e metódica” para os cortes.

“É importante falar sobre a gama de dados que estamos vendo e que demonstram um mercado de trabalho saudável”, disse Collins, observando que as vagas de emprego diminuíram, a redução nos ganhos mensais está sendo impulsionada por uma desaceleração nas contratações e a taxa de desemprego segue baixa.

Harker também destaca a importância dos dados apresentarem o desempenho esperado. “Para mim, salvo qualquer surpresa nos dados que receberemos até lá, acho que precisamos iniciar esse processo”, afirmou.

O presidente do BC da Filadélfia disse ainda que o tamanho da redução é menos importante do que o escopo geral, também indicando que “uma abordagem lenta e metódica” é o caminho certo a seguir.

Itaú (ITUB4) realiza emissões de Letras Financeiras

Itaú Unibanco (ITUB4) informou ao mercado que realizou emissões de Letras Financeiras Subordinadas Nível no montante total de R$ 3,1 bilhões, em negociações privadas com investidores profissionais.

Conforme o comunicado, as Letras Financeiras possuem vencimento em 2034, com opção de recompra a partir de 2029 sujeita à prévia autorização do Banco Central.

As Letras Financeiras contribuirão para Capital Nível 2 do Patrimônio de Referência da Companhia, com impacto estimado de 0,24 pontos percentuais no seu índice de capitalização Nível 2.

Cruzeiro do Sul (CSED3) anuncia a distribuição de R$ 60 milhões em dividendos

O conselho de administração da Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3) aprovou o pagamento de R$ 60 milhões em dividendos intermediários, mostra comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (22).

O montante corresponde a R$ 0,164589839158201 por ação ordinária da companhia e será pago em 03 de setembro de 2024 aos acionistas com posição em 27 de agosto de 2024.

Conforme o documento, as ações passam a ser negociadas ex-dividendos a partir do dia 28 de agosto de 2024.

* Com informações de Reuters