Mercados

Ibovespa (IBOV) abre em alta, mas com incertezas globais pairando os mercados; 5 coisas para saber ao investir hoje (24)

24 abr 2025, 10:15 - atualizado em 24 abr 2025, 10:15
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Ibovespa abre em alta nesta quinta-feira (24). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (24) em alta, apesar das incertezas globais pairando sob os mercados.

Por volta das 10h03 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,31%, aos 132.621,19 pontos.



O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações de hoje, ampliando as perdas da véspera, à medida que os investidores operavam em meio à contínua incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos, marcado por ameaças e recuos constantes do presidente Donald Trump.

Por volta das 10h (horário de Brasília), o dólar à vista cai 0,64%, a R$ 5,6725.

Do lado corporativo, é a vez da Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) reportarem os números referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25).

Day Trade

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quinta-feira (24)

1 – Imprevisibilidade de Trump frustra mercados

Donald Trump virou tema central nos mercados desde que começou as suas medidas tarifárias. No entanto, a falta de previsibilidade está frustrando os investidores.

Se ontem as bolsas avançaram após o recuo do presidente dos Estados Unidos nos ataques contra o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e com a sinalização de que a Casa Branca busca um acordo comercial com a China, hoje o cenário já é outro.

O mercado já amanheceu no negativo com a ameaça de que a tarifa de 25% sobre carros do Canadá pode subir mais e com o Livro Bege, do Fed, apontando para o aumento da incerteza econômica e dos preços devido às tarifas impostas por Trump.

Ontem, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, também reforçou que não haverá redução unilateral de tarifas contra a China, indicando que a guerra comercial deve durar por mais algum tempo.

Em contrapartida, Trump disse que deve isentar as montadoras de automóveis com fábricas nos EUA de algumas tarifas.

Mas não é só o mercado que está irritado com Trump. O presidente está enfrentando questionamentos dos próprios Estados americanos. Nova York, Illinois, Arizona e a Califórnia, por exemplo, estão entrando com processos contestando as tarifas e alegando que Trump contornou ilegalmente o Congresso.

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2- China pressiona por cancelamento de tarifas para acabar com guerra comercial dos EUA

China pediu nesta quinta-feira (24) o cancelamento de todas as tarifas “unilaterais” impostas pelos Estados Unidos, enquanto surgem sinais de que o governo de Donald Trump pode reduzir sua guerra comercial com Pequim.

Pequim também esclareceu que não teve conversações comerciais com Washington, apesar dos repetidos comentários do governo dos EUA sugerindo que houve interação.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem dito repetidamente que fará um acordo com a China e, na quarta-feira, afirmou que houve “contato direto” entre os dois países. Trump, que chama suas tarifas de “recíprocas”, diz que as taxas visam corrigir desequilíbrios comerciais injustos com os EUA.

Os EUA deveriam remover todas as “medidas tarifárias unilaterais” contra a China “se realmente quiserem” resolver a questão comercial, disse o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong.

3 – Petróleo recupera perdas com potencial aumento da produção da Opep+

Os preços do petróleo recuperavam parte das perdas nesta quinta-feira (24), enquanto investidores pesavam um possível aumento da produção da Opep+ contra sinais conflitantes sobre tarifas da Casa Branca e negociações nucleares entre os EUA e o Irã.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiam US$ 0,75, ou 1,13%, a US$ 66,87 por barril, às 8h40 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA ganhava US$ 0,84, ou 1,35%, para US$ 63,12.

Os preços caíram quase 2% na sessão anterior, depois que a Reuters informou que vários membros da Opep+ sugeririam que o grupo acelerasse os aumentos da produção de petróleo pelo segundo mês em junho, citando fontes familiarizadas com as negociações da Opep+.

4- Azul (AZUL4) levanta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações

Concretizando mais uma etapa do seu processo da reestruturação, a Azul (AZUL4) levantou R$ 1,66 bilhão em sua oferta pública primária de ações preferenciais (follow-on), com a emissão 464.089.849 novas ações.

A operação teve o preço por ação fixado em R$ 3,58. O novo capital social da companhia aérea passará a ser de R$ 7,13 bilhões, dividido em 2.128.965.121 ações ordinárias e em 896.039.753 ações preferencias.

5- Usiminas (USIM5): Lucro salta 845% no 1T25, a R$ 337 milhões

Usiminas (USIM5) reportou um lucro líquido de R$ 337 milhões no primeiro trimestre de 2025, mostra relatório de resultados divulgado nesta quinta-feira (24). Na comparação com mesmo período em 2024, houve um salto de 845% no resultado.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia, que mede o desempenho operacional, somou R$ 733 milhões no período, um avanço de 76% ante os R$ 416 milhões reportados no 1T24. Já A margem Ebitda ajustada foi de 11% no período de janeiro a março, uma alta de 4 pontos percentuais na comparação anual.

Já a receita líquida totalizou R$ 6,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, avanço de 10% ante o mesmo período em 2024.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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