Ibovespa (IBOV) perde os 122 mil pontos, com Focus e Natal no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (23)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (23) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,15%, a 121.921,89 pontos, por volta de 10h05.
O dólar à vista em alta ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior, em um início de semana com agenda relativamente esvaziada e com tendência de menor liquidez antes do Natal.
Lá fora, com a agenda internacional esvaziada, os investidores ainda digerem os números mais baixos do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) de novembro nos Estados Unidos, divulgado na semana passada.
Além disso, o Senado americano aprovou projeto de lei para evitar o shutdown — uma a paralisação dos serviços do governo — no início da administração Donald Trump, em 2025.
Day Trade:
- Energisa (ENGI11) e mais 3 ações para comprar
- Allos (ALOS3), Carrefour (CRFB3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 5,08%
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda (23)
1 – Economistas veem Selic a 14,75%, inflação a 4,84% e dólar a R$ 5,90 em 2025
Mesmo após a conclusão da novela “Pacote Fiscal”, a indicação de mais 2 ponto percentual de alta na Selic e a melhora na relação entre Lula e o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, as expectativas seguem em processo de desacoragem, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (23).
Para a taxa básica de juros, os economistas consultados pelo Banco Central elevaram as projeções para 14,75% e 11,75% em 2025 e 2026, respectivamente. Para 2027, a perspectiva continua em 10%.
As apostas para a inflação em 2024 e 2025 também foram elevadas mais uma vez — para respectivos 4,91% e 4,84%. A previsão para 2026 segue em 4%, mas para 2027 subiu para 3,80%.
2 – Petrobras (PETR4) rescinde contrato de venda de ativos para Brava (BRAV3)
A Petrobras (PETR4) informou que rescindiu contrato de desinvestimento dos campos de Uruguá e Tambaú, ambos localizados em águas profundas no pós-sal da Bacia de Santos.
A venda dos campos havia sido acertada com a Enauta, hoje denominada Brava Energia (BRAV3), após fusão com a 3R Petroleum (RRRP3). O valor do negócio, assinado em dezembro do ano passado, havia sido de US$ 35 milhões.
3 – Petrobras paga R$ 1,55 em dividendo aos acionistas
Quase na véspera de Natal, a Petrobras irá distribuir seu “presente” para os acionistas, com o pagamento de dividendos extraordinários no valor de R$ 20 bilhões, sendo R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários, ainda oriundos da reserva de remuneração do capital, e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares.
Conforme anunciado pela petrolífera, nesta segunda-feira ocorre o pagamento de R$ 1,55174293 por ação. Os detentores de ADRs receberão o pagamento a partir de 03 de janeiro de 2025.
4 – Honda e Nissan buscam fusão até 2026 em movimento histórico
Honda e Nissan anunciaram o início das conversações para uma possível fusão, em um movimento histórico para a indústria automobilística do Japão que destaca a ameaça que os fabricantes chineses de veículos elétricos representam agora para alguns dos fabricantes de automóveis mais conhecidos do mundo.
A integração criaria o terceiro maior grupo automotivo do mundo em vendas de veículos, depois da Toyota e da Volkswagen. Também daria escala às duas empresas e uma chance de compartilhar recursos diante da intensa concorrência da Tesla e de rivais chineses mais ágeis, como a BYD.
A fusão das duas marcas japonesas famosas — a Honda é a segunda maior montadora do Japão e a Nissan a terceira — marcaria a maior reformulação no setor automotivo global desde que a Fiat Chrysler Automobiles e a PSA se fundiram em 2021 para criar a Stellantis em um acordo de 52 bilhões de dólares.
5 – Trump indica ex-funcionário do Tesouro para comandar Conselho de Assessores Econômicos dos EUA
O presidente eleito Donald Trump disse que Stephen Miran, um assessor do Departamento do Tesouro em sua primeira administração, será o presidente do Conselho de Assessores Econômicos dos EUA.
O conselho assessora o presidente no tema política econômica e é composto por três membros, incluindo o presidente. O conselho auxilia na preparação de um relatório anual que fornece uma visão geral da economia do país, analisa políticas e programas federais e faz recomendações de política econômica.
*Com informações de Reuters