Ibovespa (IBOV) sobe e tenta manter os 123 mil pontos; 5 coisas para saber ao investir hoje (23)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (23) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,31%, aos 123.352,87 pontos, por volta de 10h05 (horário de Brasília).
O dólar à vista subia 0,3% frente ao real, a R$ 5,96, nas primeiras negociações desta quinta, à medida que os investidores seguem à espera de mais anúncios de medidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e se posicionam para decisões de bancos centrais ao longo da próxima semana.
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Por aqui, a agenda também segue esvaziada, com o mercado esperando os dados da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que serão divulgados amanhã (24).
Day Trade:
- Weg (WEGE3), Marcopolo (POMO4) e mais 2 ações para comprar nesta quinta (23)
- CSN (CSNA3), B3 (B3SA3) e outras ações para vender hoje (23) e buscar retornos de até 4,0%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (23)
1 – Ameaçou?
Trump emitiu ontem um alerta contundente à Rússia, ameaçando implementar novas sanções comerciais caso o presidente Vladimir Putin não avance rapidamente em direção a um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destaca que, com isso, o recém-eleito presidente, demonstra que seu estilo negocial característico está mais ativo do que nunca.
Spiess ainda diz que a urgência de Trump em demonstrar resultados tangíveis é evidente. “Ele busca não apenas resolver o conflito na Ucrânia, mas também garantir estabilidade no Oriente Médio, com foco na fronteira de Israel com Gaza e no Líbano”, diz. “Sua estratégia é clara: aumentar significativamente a pressão sobre os principais atores envolvidos, especialmente Moscou, na tentativa de acelerar as tratativas de paz”.
E como esperado, o Kremlin respondeu que “não tem pressa” para assinar um acordo com a Ucrânia, um posicionamento amplamente reconhecido como tático.
“Apesar da retórica, é evidente que a Rússia deseja encerrar o conflito — mas exclusivamente em seus próprios termos. Essa postura reflete a complexidade das negociações e os desafios que Trump enfrentará para transformar suas declarações em ações concretas”, finaliza.
2 – ‘Uma Europa fraca’
Em uma tentativa de evitar um colapso ainda maior de sua já fragilizada economia, a União Europeia considera propor uma cooperação mais estreita com os EUA em uma frente unificada contra a China.
Segundo Matheus Spiess, o objetivo é claro: buscar a aprovação do presidente Donald Trump e, ao mesmo tempo, desviar a atenção de potenciais tensões comerciais que possam prejudicar ainda mais o bloco europeu.
“O contexto econômico europeu é tão delicado que, mesmo com a incerteza em relação à postura de Trump, o Banco Central Europeu (BCE) deve manter o curso de cortes de juros para estimular a atividade econômica”, finaliza.
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3 – Ambipar (AMBP3) avalia potencial emissão de títulos de dívida no exterior
A Ambipar (AMBP3) anunciou na noite de quarta-feira (22) que aprovou o início de esforços por parte de sua subsidiária Ambipar Lux para potencial emissão de títulos de dívida no mercado externo.
A potencial oferta está sujeita às condições de mercado, bem como à análise e ao atendimento de outras condições a serem definidas pela sua administração, disse a Ambipar no comunicado ao mercado.
A companhia também anunciou a recompra de até US$ 200 milhões de títulos de dívida emitidos pela Ambipar Lux em 30 de janeiro de 2024, com remuneração de 9,875% e vencimento em 06 de fevereiro de 2031.
4 – Petrobras (PETR4) tem total liberdade para gestão e para definição de preços, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na quarta-feira (22) que a Petrobras (PETR4) tem total liberdade para sua gestão e para a definição de preços dos combustíveis.
“A Petrobras tem, desde o início [do governo] do presidente Lula, total liberdade para gestão”, disse o ministro à CNN Brasil. “A Petrobras tem total liberdade para definição de preço”, afirmou.
O ministro lembrou ainda que a política de preços da estatal mudou neste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que não é mais atrelada às flutuações do preço internacional.
5 – Japão mostra cautela sobre economia com políticas de Trump no centro das atenções
O governo do Japão manteve nesta quinta-feira (23) uma perspectiva cautelosa para a economia, em parte porque as autoridades vêm se mantendo atentas às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu impacto potencial sobre o crescimento global.
O governo também disse que as flutuações nos mercados financeiros estão entre outros fatores a serem observados, e manteve sua visão sobre a recuperação moderada da economia em janeiro, sustentada por ganhos salariais constantes e um setor corporativo sólido.
“Decretos sobre várias políticas, como as de imigração e energética, que teriam um impacto sobre as economias dentro e fora dos EUA, estão sendo adotados nos EUA”, disse um funcionário do Escritório do Gabinete.
*Com informações de Reuters