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Ibovespa (IBOV) tentou se agarrar aos 136 mil pontos, mas perdeu força: 5 coisas para saber ao investir hoje (22)

22 ago 2024, 10:14 - atualizado em 22 ago 2024, 11:27
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Ibovespa abre em queda nesta quinta-feira, 22 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (22) em queda. O principal índice da bolsa brasileira caia 0,05%, a 136.399 pontos, por volta de 10h07.



O dia hoje é de agenda cheia: a Receita Federal divulga os dados de arrecadação do mês de julho. Além disso, tem reunião marcada do Conselho Monetário Nacional (CMN) no período da tarde.

O dólar à vista subia e ultrapassava os R$ 5,50 nas primeiras negociações desta quinta, em linha com a força da divisa norte-americana no exterior.

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5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (22)

Ata do Fomc: ‘certeza de corte’

As atas recentes do Federal Reserve revelaram que vários membros do comitê consideraram plausível um corte nas taxas de juros durante a reunião de 30 a 31 de julho, embora a decisão final tenha sido manter as taxas inalteradas.

Para Matheus Spiess, da Empiricus Research, esse registro sugere um crescente consenso entre os formuladores de políticas de que um corte de juros pode ocorrer na reunião de setembro. “A questão agora é se esse corte será de 25 ou 50 pontos-base, e qual será o caminho dos juros após essa primeira redução”, pondera.

Nos EUA, as ações subiram após a divulgação da ata e uma significativa revisão para baixo dos dados de emprego, fortalecendo as expectativas de cortes nas taxas de juros em setembro.

Quase todos os principais setores do S&P 500 avançaram, fazendo com que o índice fechasse em seu nível mais alto em cinco semanas.

Contextualizando, o movimento foi impulsionado pelo anúncio do Bureau of Labor Statistics, que revelou a maior revisão para baixo nas estimativas de crescimento do emprego em mais de uma década, com uma redução de 818.000 empregos nos ganhos líquidos de folha de pagamento relatados anteriormente para os 12 meses encerrados em março — uma revisão mais acentuada do que o esperado.

“Com poucos lançamentos econômicos programados para esta semana, as revisões receberam maior atenção do mercado. Embora o temor de uma recessão ainda esteja presente, a perspectiva de uma desaceleração organizada, que permitiria cortes de juros de forma responsável, está ganhando força”, afiram o analista.

Spiess ainda informa que visando esse contexto, os investidores estão novamente precificando mais de 1 ponto percentual de flexibilização até o final deste ano, com o início esperado para o próximo mês.

“Acredito que considerar um corte de 75 pontos-base (distribuídos em 25 pontos em cada uma das reuniões restantes) seja mais realista, conforme sugerido pela ata do Federal Reserve”, finaliza.

Além disso, o analista aponta que os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego, aos quais saem hoje, também devem atrair a atenção dos investidores.

Jackson Hole: por que o evento é tão importante para o mercado e o que esperar de Powell

A partir desta quinta (22), a pequena cidade americana de Moran, no Wyoming, será palco de um dos principais eventos da economia: o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole. O evento dura até sábado, 24 de agosto.

O evento recebe o nome do vale onde Moran está localizada e entre quinta-feira e sábado receberá presidentes dos principais bancos centrais do mundo. Além disso, também contará com a presença de economistas, políticos e empresários.

Na ocasião, serão discutidas as políticas econômicas adotadas por banqueiros centrais e os rumos da economia global, sendo que o assunto principal deste ano é a eficácia e transmissão das políticas monetárias. Temas em voga no momento, como inflação e risco global, também serão destaque.

Tradicionalmente, o discurso mais esperado é sempre o do presidente do Federal Reserve. E é aí que Jerome Powell entra em cena.

Ibovespa e a ‘anatomina de uma alta’

Ontem (21), o índice registrou mais uma alta, avançando 0,28% e alcançando um novo recorde de fechamento aos 136.464 pontos, marcando a terceira máxima consecutiva.

Segundo o analista, já mencionado, Matheus Spiess, o desempenho foi impulsionado em parte pelos índices de Nova York, que também fecharam em alta após a divulgação da ata do Federal Reserve e a revisão dos dados de emprego nos EUA.

No cenário doméstico, além da movimentada agenda em Brasília, com os desdobramentos do acordo entre os três Poderes sobre as emendas parlamentares, o mercado local tem intensificado suas expectativas de alta na Selic, com muitos apostando em um aumento já em setembro.

Spiess informa que, diante das incertezas destacadas pelo Banco Central em suas comunicações recentes e nas falas de seus diretores, as expectativas do mercado acabaram sendo ancoradas.

“Na minha opinião, teria sido mais adequado adotar um discurso mais coeso anteriormente, o que poderia ter evitado essa ancoragem e permitido a manutenção dos juros no nível atual. Contudo, o caminho trilhado até aqui torna essa projeção inviável”, afirma.

BlackRock vende ações da Natura (NTCO3), após números do 2T24 e queda semanal de 16%

BlackRock reduziu sua participação acionária na Natura (NTCO3) para 4,996%, mostra comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (21), após o fechamento do mercado. Conforme o documento, a maior gestora do mundo passou a deter, no dia 16 de agosto, 69.296.739 ações ordinárias da companhia.

Segundo a BlackRock, a sua participação acionária tem por objetivo o investimento na Natura, sem intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa atingir nenhum percentual de participação acionária em particular.

Banco do Brasil (BBAS3) atualiza dividendos e JCPs

O Banco do Brasil (BBAS3) atualizou os valores de dividendos e juros sobre o capital próprio de acordo com a Selic, a taxa básica de juros, mostra comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (21).

Com isso, o valor por dividendos passou de R$ 0,15186078881 para R$ 0,15414348799 e JCP de R$ 0,31448148860 para R$ 0,31920862483.

Os valores em questão foram aprovados no dia 7 de agosto, somando R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio, com posição acionária de 21 de agosto. As ações passaram a ser negociadas a “ex” a partir de 22 de agosto de 2024.

* Com informações de Reuters