Ibovespa (IBOV) abre em alta aos 132 mil pontos com resultados do 4T24 no radar ; 5 coisas para saber ao investir hoje (21)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (21) em alta. O principal índice da bolsa brasileira avança 0,04%, aos 132.011,89 pontos, por volta de 10h03 (horário de Brasília).
O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações desta sexta, mas estava a caminho da terceira queda semanal consecutiva, à medida que os investidores ajustavam suas posições ao fim de uma semana marcada por decisões de bancos centrais e incertezas geopolíticas.
Por volta das 10h, o dólar avançava a 0,59%, a R$ 5,7130.
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Day Trade:
- Suzano (SUZB3), Ambev (ABEV3) e mais 2 ações para comprar
- Itaúsa (ITSA4) e outras ações para vender e buscar retornos de até 2,90%
Radar do mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (21)
1 – Haddad dará sua terceira entrevista na semana
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma entrevista marcada, às 19h, no Podcast Inteligência LTDA, depois de ter passado por outras duas entrevistas na quinta-feira (20).
Ontem de manhã, durante o programa Bom Dia Ministro, da EBC, Haddad saiu em defesa da decisão do Banco Central de elevar os juros, lembrando que o Comitê de Política Monetária (Copom) tinha sinalizado “três aumentos bastante pesados na Selic” na última reunião de 2024, ainda sob a liderança de Roberto Campos Neto.
“Você não pode na presidência do BC dar um cavalo de pau depois que assumiu, é uma coisa muito delicada. Novo presidente e diretores têm uma herança a administrar”, disse.
Depois, à tarde, em entrevista para a GloboNews, o ministro voltou a dizer que confia na decisão do BC e que a autoridade monetária olhará para todas as variáveis e trará a inflação para a meta da forma mais inteligente possível.
2- Congresso aprova orçamento com três meses de atraso
O Congresso aprovou no final da tarde desta quinta-feira (20) o projeto de lei orçamentária (LOA) de 2025, três meses após o prazo, prevendo um superávit de R$ 15 bilhões. O texto, com um limite de despesas de R$ 2,2 trilhões dentro do arcabouço fiscal, segue para a sanção presidencial.
A aprovação tardia do Orçamento de 2025 expõe a fragilidade da política fiscal brasileira, segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Ele avalia que o superávit primário de R$ 15 bilhões previsto no texto não deve se concretizar, diante do elevado déficit nominal, estimado acima de 7% do PIB, e do déficit em conta corrente, que pode alcançar 4% do PIB.
Spiess classifica o cenário como insustentável para um país emergente e critica a falta de apetite e competência do governo atual para reverter a deterioração fiscal. Segundo ele, qualquer ajuste significativo só deve ocorrer a partir de 2027, em um possível novo governo.
3 – Automob (AMOB3) tem prejuízo de R$ 101 milhões no quarto trimestre de 2024
O grupo de concessionárias de veículos Automob (AMOB3) teve prejuízo líquido de R$ 101 milhões no quarto trimestre (4T24), revertendo resultado ligeiramente positivo de um ano antes, em balanço divulgado na noite da véspera que mostrou queda no desempenho operacional e margem negativa.
A companhia, controlada pela holding Simpar e que foi criada no final do ano passado, teve resultado operacional medido pelo Ebitda de R$ 62 milhões, quedas de 27,3% sobre um ano antes e de 52% no comparativo trimestral. A margem que era de 0,8% no quarto trimestre de 2023 passou a 3,1% negativos nos três meses encerrados em dezembro do ano passado.
Em termos ajustados, a empresa teve prejuízo de R$ 7 milhões no quarto trimestre e o Ebitda foi de R$ 127 milhões ante R$ 67 milhões um ano antes.
Segundo a empresa, o desempenho operacional do quarto trimestre “ainda não reflete as integrações e sinergias, além de ainda estar impactado pelo Ebitda negativo das concessionárias agro nesse período”.
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4 – Cemig (CMIG4) registra lucro líquido de R$ 998 milhões no 4º trimestre, queda de 47,1% em 1 ano
A Cemig (CMIG4) encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido consolidado de R$ 998 milhões, o que representa uma queda de 47,1% ante o reportado em igual intervalo de 2023. No acumulado de 2024, o lucro líquido foi de R$ 7,1 bilhões, alta de 23,4% ante 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) consolidado em IFRS somou R$ 1,914 bilhão entre outubro e dezembro, montante 21,9% menor que o reportado um ano antes. No ano, o Ebitda cresceu 32,3% ante 2023, para R$ 11,254 bilhões.
A receita líquida da empresa cresceu 12,3% nos últimos três meses do ano ante igual etapa de 2023, para R$ 11,777 bilhões. Em 2024, a receita líquida chegou a R$ 39,819 bilhões, alta de 8% ante o ano anterior.
O resultado financeiro consolidado ficou negativo em R$ 396,4 milhões no quarto trimestre, em comparação a uma despesa financeira de R$ 98 milhões do mesmo período de 2023.
- Petz, Cyrela, Brava Energia e outros resultados; veja o que mexe com o Ibovespa nesta sexta-feira (21) e termine a semana bem informado:
5- Petz (PETZ3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 43 milhões no 4T24
A Petz (PETZ3) reverteu lucro e registrou um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões no quarto trimestre de 2024, ante resultado positivo de R$ 5,1 milhões no mesmo período em 2023.
O resultado, divulgado ao mercado na quinta-feira (20), veio abaixo das estimativas do mercado, que apontavam para um lucro líquido de R$ 20 milhões, de acordo com consenso reunido pela Bloomberg.
No acumulado de 2024, a empresa teve prejuízo de R$ 27 milhões e reverteu o lucro de R$ 35,9 milhões ante 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, subiu 24,8% a R$ 83,3 milhões no 4T24.
A receita líquida totalizou R$ 878,7 milhões no período entre outubro e dezembro de 2024, um avanço de 7,1% na comparação anual. No acumulado do ano, o indicador somou R$ 3,3 bilhões, alta de 4,7%.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo