Ibovespa (IBOV) perde os 121 mil pontos, enquanto mercado mira atenção no PCE; 5 coisas para saber ao investir hoje (20)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (20) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,02%, a 121.161,97 pontos, por volta de 10h05.
O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações desta sexta, mas estava a caminho de fechar a semana em alta, com os investidores à espera de uma nova intervenção no câmbio pelo Banco Central que pode injetar até 7 bilhões de dólares no mercado.
Lá fora, o destaque vai para o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) em novembro nos Estados Unidos.
As projeções do Investing.com apontam para uma alta de 0,2% no mês e de 2,5% no ano. Já o núcleo, que exclui os preços dos mais voláteis como energia e alimentos, deve desacelerar de 0,3% para 0,2% no mês, mas avançar para 2,9% no ano.
Day Trade:
- Klabin (KLBN11) e mais 3 ações para comprar
- Irb (IRBR3), Weg (WEGE3) e outras ações para vender e buscar retornos de até 3,38%
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (20)
1 – ‘Atuação pesada’
Na quinta-feira (19), o Banco Central realizou uma intervenção histórica no mercado cambial, injetando US$ 8 bilhões em uma única sessão, superando o recorde anterior de US$ 3,5 bilhões em 2020. Em dezembro, o total alocado já é de US$ 13,8 bilhões, o que representa cerca de 3,5% das reservas internacionais do Brasil. Novas intervenções estão previstas, podendo elevar esse montante para US$ 27,8 bilhões, ultrapassando o recorde de março de 2020.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, aponta que o impacto imediato foi sentido no mercado de câmbio, com o dólar recuando, embora ainda permaneça acima de R$ 6,10.
“Contudo, é importante lembrar que a eficácia dessas intervenções é limitada. O Banco Central não pode sustentar essas operações indefinidamente, sob o risco de comprometer as reservas internacionais, que funcionam como uma espécie de seguro”, diz. “Por isso, o foco volta a Brasília, onde o cenário fiscal precisa urgentemente de avanços concretos para aliviar a pressão”.
2 – Bradesco (BBDC4) aprova quase R$ 3 bilhões em JCP complementares
O conselho de administração do Bradesco (BBDC4) aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) complementares no valor total de R$ 2,97 bilhões, equivalente a R$ 0,267250553 por ação ordinária e R$ 0,293975608 por ação preferencial.
Segundo o documento enviado ao mercado na quinta-feira (19), serão beneficiados os acionistas com posição na companhia em 30 de dezembro de 2024, com as ações passando a ser negociadas ex-juros sobre o capital próprio a partir de 02 de janeiro de 2025.
3 – Brava Energia (BRAV3) fecha acordo com a Comgás por três anos
A Brava Energia (BRAV3) assinou contrato de fornecimento de gás natural com a Comgás, distribuidora de gás de São Paulo, mostra documento enviado ao mercado na quinta-feira (19).
O contrato de três anos terá início em janeiro de 2025 e prevê o fornecimento de volumes entre 150 mil e 450 mil m3/dia de gás natural, alinhados com a curva de demanda prevista pelo compra.
Além disso, prevê o preço de venda da molécula entregue a Comgás fixo em 11% do Brent (em dólar por MMBtu).
4 – Eletrobras (ELET3) pagará R$ 2,2 bilhões em dividendos, R$ 2,43 por ação preferencial
A Eletrobras (ELET3) pagará R$ 2,2 bilhões em dividendos, mostra documento enviado ao mercado na quinta-feira (19).
Segundo o comunicado, o valor por ação será de:
- R$ 2,430751379 por ação preferencial de classe A (ELET3);
- R$ 1,823063534 por ação preferencial de classe B (ELET6);
- R$ 0,862972093 por ação ordinária e golden share.
5 – Adeus a Nyse: Assaí (ASAI3) aprova deslistagem de ADSs da bolsa de Nova York
O conselho de administração do Assaí (ASAI3) aprovou a intenção de deslistagem voluntária dos American Depositary Shares (ADSs), cada um representando cinco ações ordinárias da companhia, da bolsa de Nova York (Nyse).
Segundo o comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (19), a varejista também incluiu a alteração do programa de ADRs para o Nível 1.
Com isso, os investidores podem manter a propriedade sobre seus ADSs, que serão negociados em mercados de balcão após a deslistagem, conforme aplicável, e o cancelamento do seu registro na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), um vez que sejam cumpridos os requisitos aplicáveis para o processo.
*Com informações de Reuters