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Ibovespa (IBOV) perde força e cai para os 132 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (20)

20 set 2024, 10:15 - atualizado em 20 set 2024, 10:46
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Ibovespa abre em queda, nesta sexta-feira, 20 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (20) sem uma direção definida. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,03%, a 133.087 pontos, por volta de 10h08.



O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, ficando em linha com a força ante a maioria de seus pares fortes e emergentes.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (20)

‘Não adianta subir os juros se o fiscal continuar descontrolado’

A quinta-feira (19) pós-“Super Quarta” trouxe um cenário distinto para o Brasil em comparação com outros mercados globais.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, apesar da valorização do real e do bom desempenho das commodities, os ativos locais foram pressionados pela elevação nos prêmios da curva de juros — especialmente nos prazos mais longos, reflexo da persistência do risco fiscal.

“Em outras palavras, subir os juros não será eficaz se o controle fiscal continuar precário”, pondera.

Para o analista, embora seja possível evitar esse cenário extremo, a taxa de juros real neutra — que seria suficiente para manter a inflação dentro da meta — é estimada em cerca de 4,75%.

“Com a inflação próxima desse patamar, uma Selic a 12% significaria juros 2,5 pontos percentuais acima da taxa neutra, configurando uma política extremamente restritiva”, aponta.

Os impactos dessa elevação seriam severos para a economia, mas, segundo ele, seus efeitos completos só começariam a ser sentidos a partir da segunda metade de 2025.

Enquanto isso, no cenário internacional, os mercados tiveram uma performance excelente, com o S&P 500 registrando seu 39º recorde do ano no fechamento, estendendo os ganhos para cerca de 20%.

“A narrativa que anima os investidores internacionais é a expectativa de que o Federal Reserve conduza a economia dos EUA a um pouso suave, o chamado cenário de Goldilocks“, finaliza.

‘Sem mudança’

Após o Banco da Inglaterra (BoE) manter inalterada a taxa de juros em 5% ontem (19), enfatizando que não se apressará em flexibilizar a política monetária, o Banco Popular da China (People’s Bank of China) e o Banco do Japão (BoJ) seguiram uma abordagem semelhante, optando por não alterar suas taxas de juros.

Segundo Matheus Spiess, o foco recai especialmente sobre o Banco do Japão, que teve maior impacto no mercado em agosto e pode voltar a influenciar o real devido à volatilidade do iene.

“Em sua decisão, o BoJ sinalizou que não vê urgência em aumentar os juros, mantendo-os em 0,25%, enquanto monitora os mercados financeiros após o aumento realizado em julho. Esse posicionamento contrasta com os dados divulgados hoje, que mostraram uma aceleração no principal indicador de inflação do Japão pelo quarto mês consecutivo”, pondera.

O analista diz ser relevante lembrar que o BoJ já elevou as taxas duas vezes neste ano, encerrando sua política de taxas de juros negativas vigente desde 2016.

Desde o início de julho, o iene valorizou-se mais de 12% em relação ao dólar americano, um movimento que enfraquece o real, uma vez que o iene é uma moeda frequentemente utilizada para operações de “carry trade“.

Em uma coletiva de imprensa, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicou que a instituição continuará elevando os juros de forma gradual, desde que os dados econômicos e de preços evoluam conforme esperado.

“Esse posicionamento mais contido sugere que o estresse observado em agosto dificilmente se repetirá na mesma intensidade, trazendo maior previsibilidade ao mercado”, finaliza.

Petrobras (PETR4) paga dividendos e JCP nesta sexta

Petrobras (PETR3;PETR4) paga nesta sexta-feira (20) a segunda parcela dos R$ 13,45 bilhões em proventos referentes ao balanço de 31 de março de 2024.

Segundo a companhia, o valor bruto a ser distribuído hoje corresponde a R$ 0,52162113 por ação ordinária e preferencial, sendo R$ 0,44806667 sob a forma de dividendos e R$ 0,07355446 sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP).

A data de corte ocorreu dia 11 de junho de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date em 13 de junho de 2024 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE).

Vale (VALE3) descaracteriza barragem em Minas Gerais

Vale (VALE3) informou ao mercado, nesta sexta-feira (20), que concluiu a descaracterização do Dique 1B do Sistema Conceição, localizado em Itabira–MG. Segundo a mineradora, essa é a 15ª estrutura a montante eliminada, completando 50% do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante.

Inicialmente, o prazo para as obras de descaracterização era em dezembro de 2024. A partir de agora, a descaracterização passará pelo processo de avaliação e validação dos órgãos competentes, conforme legislação aplicável.

“Desde 2019, a Vale tem avançado de forma consistente em seu compromisso de eliminar todas as suas barragens com alteamento a montante no Brasil. Para a execução do programa, a Vale já desembolsou mais de R$ 9 bilhões de reais. As estruturas estão inativas e sob monitoramento permanente, 24 horas por dia, pelos Centros de Monitoramento Geotécnico da Companhia”, destaca a companhia.

Equatorial (EQTL3) elege presidente da Yduqs para presidência do conselho de administração

A empresa de energia elétrica e saneamento Equatorial (EQTL3) anunciou nesta quinta-feira (19) que elegeu Eduardo Parente Menezes, presidente-executivo do grupo de ensino Yduqs, para a presidência de seu conselho de administração.

Parente vai assumir o lugar de Carlos Augusto Leone Piani, que renunciou ao cargo e demais posições administrativas no grupo Equatorial, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.

Além da troca na presidência do conselho, a Equatorial anunciou a eleição de Tinn Freire Amado como membro do colegiado.

*Com informações de Reuters

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