Ibovespa (IBOV) perde força e cai para os 132 mil pontos no último pregão da semana; 5 coisas para saber ao investir hoje (20)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (20) sem uma direção definida. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,03%, a 133.087 pontos, por volta de 10h08.
O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta, ficando em linha com a força ante a maioria de seus pares fortes e emergentes.
Day Trade:
- Localiza (RENTE3), Embraer (EMBR3) e outras ações para comprar hoje (20) e buscar retornos de até 3%
- Vibra Energia (VBBR3), Engie (EGIE3) e mais 4 ações para vender nesta sexta-feira (20)
Radar do Mercado:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta (20)
‘Não adianta subir os juros se o fiscal continuar descontrolado’
A quinta-feira (19) pós-“Super Quarta” trouxe um cenário distinto para o Brasil em comparação com outros mercados globais.
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, apesar da valorização do real e do bom desempenho das commodities, os ativos locais foram pressionados pela elevação nos prêmios da curva de juros — especialmente nos prazos mais longos, reflexo da persistência do risco fiscal.
“Em outras palavras, subir os juros não será eficaz se o controle fiscal continuar precário”, pondera.
Para o analista, embora seja possível evitar esse cenário extremo, a taxa de juros real neutra — que seria suficiente para manter a inflação dentro da meta — é estimada em cerca de 4,75%.
“Com a inflação próxima desse patamar, uma Selic a 12% significaria juros 2,5 pontos percentuais acima da taxa neutra, configurando uma política extremamente restritiva”, aponta.
Os impactos dessa elevação seriam severos para a economia, mas, segundo ele, seus efeitos completos só começariam a ser sentidos a partir da segunda metade de 2025.
Enquanto isso, no cenário internacional, os mercados tiveram uma performance excelente, com o S&P 500 registrando seu 39º recorde do ano no fechamento, estendendo os ganhos para cerca de 20%.
“A narrativa que anima os investidores internacionais é a expectativa de que o Federal Reserve conduza a economia dos EUA a um pouso suave, o chamado cenário de Goldilocks“, finaliza.
‘Sem mudança’
Após o Banco da Inglaterra (BoE) manter inalterada a taxa de juros em 5% ontem (19), enfatizando que não se apressará em flexibilizar a política monetária, o Banco Popular da China (People’s Bank of China) e o Banco do Japão (BoJ) seguiram uma abordagem semelhante, optando por não alterar suas taxas de juros.
Segundo Matheus Spiess, o foco recai especialmente sobre o Banco do Japão, que teve maior impacto no mercado em agosto e pode voltar a influenciar o real devido à volatilidade do iene.
“Em sua decisão, o BoJ sinalizou que não vê urgência em aumentar os juros, mantendo-os em 0,25%, enquanto monitora os mercados financeiros após o aumento realizado em julho. Esse posicionamento contrasta com os dados divulgados hoje, que mostraram uma aceleração no principal indicador de inflação do Japão pelo quarto mês consecutivo”, pondera.
O analista diz ser relevante lembrar que o BoJ já elevou as taxas duas vezes neste ano, encerrando sua política de taxas de juros negativas vigente desde 2016.
Desde o início de julho, o iene valorizou-se mais de 12% em relação ao dólar americano, um movimento que enfraquece o real, uma vez que o iene é uma moeda frequentemente utilizada para operações de “carry trade“.
Em uma coletiva de imprensa, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicou que a instituição continuará elevando os juros de forma gradual, desde que os dados econômicos e de preços evoluam conforme esperado.
“Esse posicionamento mais contido sugere que o estresse observado em agosto dificilmente se repetirá na mesma intensidade, trazendo maior previsibilidade ao mercado”, finaliza.
- Fique por dentro de tudo que mexe com os mercados hoje no Giro do Mercado; clique e assista à transmissão:
Petrobras (PETR4) paga dividendos e JCP nesta sexta
A Petrobras (PETR3;PETR4) paga nesta sexta-feira (20) a segunda parcela dos R$ 13,45 bilhões em proventos referentes ao balanço de 31 de março de 2024.
Segundo a companhia, o valor bruto a ser distribuído hoje corresponde a R$ 0,52162113 por ação ordinária e preferencial, sendo R$ 0,44806667 sob a forma de dividendos e R$ 0,07355446 sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP).
A data de corte ocorreu dia 11 de junho de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date em 13 de junho de 2024 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE).
Vale (VALE3) descaracteriza barragem em Minas Gerais
A Vale (VALE3) informou ao mercado, nesta sexta-feira (20), que concluiu a descaracterização do Dique 1B do Sistema Conceição, localizado em Itabira–MG. Segundo a mineradora, essa é a 15ª estrutura a montante eliminada, completando 50% do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante.
Inicialmente, o prazo para as obras de descaracterização era em dezembro de 2024. A partir de agora, a descaracterização passará pelo processo de avaliação e validação dos órgãos competentes, conforme legislação aplicável.
“Desde 2019, a Vale tem avançado de forma consistente em seu compromisso de eliminar todas as suas barragens com alteamento a montante no Brasil. Para a execução do programa, a Vale já desembolsou mais de R$ 9 bilhões de reais. As estruturas estão inativas e sob monitoramento permanente, 24 horas por dia, pelos Centros de Monitoramento Geotécnico da Companhia”, destaca a companhia.
Equatorial (EQTL3) elege presidente da Yduqs para presidência do conselho de administração
A empresa de energia elétrica e saneamento Equatorial (EQTL3) anunciou nesta quinta-feira (19) que elegeu Eduardo Parente Menezes, presidente-executivo do grupo de ensino Yduqs, para a presidência de seu conselho de administração.
Parente vai assumir o lugar de Carlos Augusto Leone Piani, que renunciou ao cargo e demais posições administrativas no grupo Equatorial, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.
Além da troca na presidência do conselho, a Equatorial anunciou a eleição de Tinn Freire Amado como membro do colegiado.
*Com informações de Reuters