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Ibovespa (IBOV) volta a flertar com os 136 mil pontos: 5 coisas para saber antes de investir hoje (20)

20 ago 2024, 10:09 - atualizado em 20 ago 2024, 10:09
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Ibovespa abre em alta, com dividendos da Petrobras no radar, e mercado ansioso pelo Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (20) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,13%, a 135.951 pontos, por volta de 10h05.



Ontem, o Ibovespa teve um dia memorável: o principal índice da bolsa brasileira renovou a máxima intradia histórica, aos 136.179,21 pontos. Embora tenha perdido um pouco do fôlego, o Ibov ainda conseguiu fechar no seu maior nível da história, aos 135.777 pontos.

O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações desta terça, em linha com a recuperação da divisa norte-americana em alguns mercados. Os investidores seguem ansiosos pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira (23).

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Radar do Mercado:

5 assuntos para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (20)

‘Bom desempenho dos emergentes’

A semana iniciou com otimismo, impulsionados pela expectativa em torno do simpósio em Jackson Hole. Tradicionalmente, o evento marca anúncios importantes do Federal Reserve sobre mudanças em sua política monetária.

Segundo Matheus Spiess, da Empiricus Research, embora já existam algumas indicações, a aguardada fala de Jerome Powell na sexta-feira é vista como crucial.

Ao mesmo tempo, em que moedas de mercados emergentes estão se valorizando, refletindo o crescente apetite por ativos de maior risco à medida que o evento se aproxima, o mercado também está atento a Kazuo Ueda, presidente do Banco do Japão (BoJ).

Essa atenção à Ásia se deu pelo impacto do aumento inesperado das taxas de juros no Japão no mês passado, que desencadeou uma reconfiguração significativa nas operações de carry trade. Além das moedas, os mercados de ações emergentes também estão em alta.

Um ponto central no cenário atual é que, com os dados econômicos mais recentes dos EUA, estamos vendo um retorno à perspectiva de um “pouso suave” para a economia americana.

Para Spiess, o cenário “Goldilocks”, que representa um equilíbrio ideal entre crescimento e controle da inflação, está novamente em destaque nas análises de mercado.

Petróleo com uma tensão menor pela frente?

Os preços do petróleo caíram novamente ontem (19), após relatos de que Israel teria aceitado um esboço de cessar-fogo proposto pelos EUA, conforme anunciado pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na segunda-feira.

A proposta em questão, visa a libertação de reféns em Gaza, que estão detidos desde outubro do ano passado. No entanto, o Hamas ainda não aceitou a proposta, o que é crucial para que o acordo avance.

Em resposta a essas notícias, o preço do barril de petróleo continuou a cair, marcando a maior queda em duas semanas, refletindo um alívio nos riscos de fornecimento em meio a crescentes preocupações sobre a demanda global.

“Se o cessar-fogo for concretizado, é provável que o preço do petróleo se estabilize mais próximo de US$ 70 do que de US$ 80, já que as perspectivas de demanda continuam fracas, embora eu não preveja uma recessão nos EUA no curto prazo”, pondera o analista.

‘Parece que a Selic vai subir mesmo’

Ontem (19), o Ibovespa encerrou o dia com uma alta de 1,36%, atingindo 135.777,98 pontos, o nível de fechamento mais alto já registrado pelo índice. Durante o pregão, o índice também alcançou um novo recorde intradiário, chegando a 136.179 pontos.

Ao mesmo tempo, o dólar se aproximou novamente de R$ 5,40, refletindo um otimismo nos mercados globais, impulsionado pela resiliência da economia americana e pela expectativa de que o Federal Reserve possa em breve iniciar um ciclo de corte de juros.

Entretanto, o cenário político e econômico interno promete ser mais desafiador nas próximas semanas, com vários temas importantes em pauta em Brasília.

Spiess aponta que, enquanto os debates fiscais continuam, as discussões sobre a política monetária parecem caminhar para um consenso mais claro.

As nomeações para o Banco Central devem ser confirmadas em breve, com Gabriel Galípolo sendo o principal candidato para assumir a presidência da instituição, e o mercado está cada vez mais convencido de que a taxa Selic será elevada.

“Embora eu acredite que a taxa poderia ser mantida inalterada por mais tempo, a firme postura das autoridades monetárias sugere que seguir outro caminho poderia ser prejudicial”, pondera o analista.

Para ele, a ata mais conservadora, as declarações duras de Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, a inflação no limite superior da meta do Banco Central, a economia ainda aquecida e o desemprego em níveis historicamente baixos reforçam essa perspectiva.

Além disso, a recente valorização do dólar para cerca de R$ 5,40 não é apenas reflexo do cenário internacional favorável, mas também da postura assertiva do Banco Central (atuação vocal).

“Portanto, adiar o aumento da Selic agora poderia ser mais prejudicial, considerando que o mercado já está precificando essa medida (uma alta hoje significa mais cortes em 2025)”, afirma.

Com isso em vista, “resta saber se será necessário um aumento mais agressivo da Selic até o final do ano. Se é que ele virá mesmo”.

Petrobras (PETR4) realiza pagamento da 1º parcela de juros sobre capital próprio

Petrobras (PETR3;PETR4) realiza nesta terça-feira (20) o pagamento da primeira parcela de proventos referentes ao balanço de 31 de março de 2024 — primeiro trimestre do ano.

Conforme o comunicado da companhia, o valor bruto que será distribuído, em forma de juros sobre capital próprio (JCP) é de R$ 0,52162113 por ação ordinária e preferencial.

O pagamento será efetuado pelo Bradesco, instituição depositária das ações escriturais de emissão da Petrobras. Todos os acionistas com cadastro devidamente atualizado terão os valores creditados automaticamente em suas contas bancárias.

Azzas 2154 (AZZA3) anuncia novo leilão para a venda de ações ordinárias

Azzas 2154 (AZZA3), resultado da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, comunicou ao mercado que será realizado novo leilão para a venda das 18.255 ações ordinárias de emissão da companhia resultantes do agrupamento da frações de ações decorrentes da incorporação do Grupo Soma.

O leilão ocorrerá na B3 nesta terça-feira (20), a ser às 16h55, durante o call de fechamento do pregão. Se houverem ações remanescentes, serão vendidas em leilões a serem realizados nos cinco dias subsequentes, também no fechamento das respectivas datas.

“O resultado do leilão, após a venda da totalidade das ações objeto do leilão e da liquidação financeira da venda, será disponibilizado aos titulares das frações, na proporção das respectivas frações alienadas, conforme procedimentos e datas a serem oportunamente informados aos acionistas”, diz o comunicado.

* Com informações de Reuters

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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