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Ibovespa (IBOV) abre aos 120 mil pontos, digerindo o Relatório Trimestral de Inflação; 5 coisas para saber ao investir hoje (19)

19 dez 2024, 10:15 - atualizado em 19 dez 2024, 10:15
Ibovespa abre em alta nesta quinta-feira, 19 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (19) em alta, apesar de ‘lento’. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,01%, a 120.782,12 pontos, por volta de 10h05.



O dólar à vista tinha leve baixa nas primeiras negociações desta quinta, mas ainda estava acima de R$ 6,25, com os investidores atentos à tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso, enquanto aguardam a coletiva de imprensa do Relatório Trimestral de Inflação e um novo leilão de dólares à vista a ser realizado pelo Banco Central.

Lá fora, o dia é de agenda esvaziada — com exceção do PIB nos EUA —, dando bastante tempo para os investidores pensarem e digerirem a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano.

O Fed cortou os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual. Com isso, a taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (19)

1 – Fed corta juros dos EUA mais uma vez em 0,25 p.p.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) cortou os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual na última reunião de 2024, realizada ontem (18). A taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.

“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm geralmente melhorado, e a taxa de desemprego tem subido, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção à meta de 2%, mas continua um tanto elevada”, diz o Comitê no comunicado.

O corte já era esperado pelo mercado. Antes da divulgação, 94,9% das apostas indicavam justamente um movimento de 0,25 p.p. do banco central norte-americano, segundo o CME FedWatch Tool.

2 – E o fiscal americano?

Donald Trump e Elon Musk manifestaram críticas contundentes ao projeto de lei que visa evitar uma paralisação (shutdown) do governo americano, uma proposta na qual Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, já havia ‘cantado a bola’.

Para relembrar, na noite de terça-feira (17), os líderes do Congresso apresentaram um texto que prevê a aprovação de um orçamento temporário de três meses, visando impedir uma paralisação iminente no sábado. Apesar de essencial para evitar um colapso administrativo, o projeto tem sido alvo de controvérsias, com Trump e Musk apontando que ele está excessivamente inflado, alimentando a atenção ao preocupante quadro fiscal dos EUA.

Contudo, o analista reitera que a questão ganha ainda mais relevância diante da promessa do novo governo de enfrentar os desafios fiscais do país. Isso porque, Scott Bessent, escolhido por Trump para liderar o Departamento do Tesouro, declarou que sua principal motivação para ingressar na esfera pública é lidar com a “montanha” da dívida nacional.

“Entre suas metas ambiciosas está a redução do déficit fiscal, atualmente em 6%, para 3% nos próximos anos — um objetivo que, embora desafiador, não é impossível de alcançar. No entanto, a tarefa que Bessent enfrenta é monumental, exigindo medidas firmes para equilibrar as contas públicas e restaurar a confiança no compromisso fiscal do governo”, finaliza.

3 – Rede D’Or (RDOR3) atualiza valor por ação dos R$ 450 milhões em JCP que pagará aos acionistas

Rede D’Or (RDOR3) atualizou o valor que será pago por ação do montante total de R$ 450 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) anunciados na última semana, mostra documento enviado ao mercado na quarta-feira (18).

Devido ao programa de recompra de ações da companhia, o valor foi alterado para R$ 0,20258291451 por ação ordinária da companhia.

4 – Telefônica Brasil (VIVT3) aprova redução de capital e vai restituir R$ 2 bilhões aos acionistas, equivalente a R$ 1,22 por ação

Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, aprovou em assembleia geral extraordiária (AGE) a redução do capital social no valor de R$ 2 bilhões, mostra comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (18).

Conforme a companhia, não ocorrerá cancelamento de ações, sendo mantido o número e o percentual de participação dos acionistas no capital social. A redução será concretizada por meio da restituição aos acionistas, no valor de R$ 1,22651176012 por ação ordinária.

A operação, segundo a companhia, visa otimizar sua estrutura de capital, permitindo maior flexibilidade na alocação de recursos e buscando um equilíbrio entre as necessidades financeiras e a geração de valor para os acionistas.

5 – BC projeta alta de 3,5% no PIB de 2024 e vê 100% de chance de inflação romper teto da meta

Banco Central melhorou sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,5%, ante patamar de 3,2% estimado em setembro, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (19), e piorou significativamente suas projeções para cumprimento da meta de inflação.

A nova estimativa para a atividade está acima da atualmente prevista pelo Ministério da Fazenda, de expansão de 3,3% neste ano. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,42% em 2024.

No documento, o BC ainda projetou um crescimento de 2,1% em 2025, ante previsão de 2,0% apresentada em setembro.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.