Mercados

Ibovespa (IBOV) abre aos 127 mil pontos, com pacote de corte de gastos e feriado no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (19)

19 nov 2024, 10:10 - atualizado em 19 nov 2024, 10:10
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Ibovespa abre em queda nesta terça-feira, 19 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (19) em queda. O principal índice da bolsa brasileira desacelerava 0,11%, a 127.621,83 pontos, por volta de 10h04.



O dólar à vista subia frente ao real nas primeiras negociações de hoje, em linha com os mercados globais, uma vez que investidores demonstravam aversão ao risco após um alerta do presidente da Rússia, Vladimir Putin, aos Estados Unidos com uma doutrina nuclear atualizada.

O mercado se prepara para o feriado da Consciência Negra, que acontece na quarta-feira (20). Este é o primeiro ano que este feriado faz parte do calendário nacional e, por isso, a bolsa brasileira ficará fechada no dia.

Enquanto a folga no meio da semana não chega, os investidores aguardam pelo pacote de corte de gastos, que deve ser anunciado pelo governo depois do G20, evento que acaba nesta terça.

A expectativa é de que as medidas gerem uma economia de R$ 70 bilhões para os cofres públicos, sendo que os reajustes do salário mínimo e benefícios sociais seguirão as regras do arcabouço fiscal — assim, o crescimento dos gastos fica limitado a 2,5% acima da inflação.

Day Trade:

Radar do Mercado

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça (19)

Pacote de corte de gastos, G20 e falas de Campos Neto: o que está em jogo?

Na véspera do feriado, o cenário econômico apresenta uma agenda enxuta, com destaque limitado a uma declaração de Roberto Campos Neto. Em suas falas recentes, o presidente do Banco Central tem reiterado a relevância central da política fiscal para a estabilização econômica.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, diz que a atenção do mercado, entretanto, permanece voltada para o aguardado anúncio do pacote de corte de despesas, visto como crucial para destravar o potencial dos ativos financeiros no Brasil.

A expectativa gira em torno de um ajuste de R$ 70 bilhões ao longo de dois anos — R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026 —, com propostas estruturais como a limitação do reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação, em consonância com o arcabouço fiscal vigente.

“A ausência de uma definição concreta mantém o mercado em compasso de espera, o que pressiona tanto o câmbio quanto a curva de juros. Para os investidores, o diferencial estará na qualidade das medidas anunciadas (se é uma solução estrutural)”, aponta.

Petrobras (PETR4): ADRs da estatal caem em Nova York após empresa adiantar planos de negócios e dividendos

As American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras (PETR4) operam em queda no pré-market da Bolsa de Nova York, após a estatal divulgar parte do plano de negócio de 2025 a 2029, que era amplamente aguardado pelo mercado.

Agora de manhã, por volta das 9h, as ADRs que representam as ações ordinárias da Petrobras (PBR) caíam 1,04%, negociadas por US$ 14,30. Já os papéis que representam as preferenciais (PBRa) recuavam 0,75%, para US$ 13,17.

Ontem, a companhia interrompeu sua negociação para divulgar um fato relevante prevendo investimentos totais de US$ 111 bilhões, uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior.

Já os dividendos ordinários têm faixa que começa em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período.

Americanas (AMER3): Acionista relevante diz ter comprado mais ações da varejista

O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros Melo Neto, que em julho se tornou um acionista relevante da Americanas (AMER3), continua com apetite para a ação: “Eu estou comprando”, disse ele à Reuters nesta segunda-feira.

O nome do investidor veio a público em julho, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou que ele tinha se tornado um investidor importante na companhia. Em meados do ano, a participação de Melo Neto na Americanas atingiu 12,5%.

CSN (CSNA3) presta esclarecimentos à CVM sobre meta de alavancagem

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a CSN (CSNA3) sobre medidas comentadas pelo CFO, Marco Rabello, para o cumprimento da meta de alavancagem, que circularam na mídia na última semana.

Mais especificamente, o órgão questionou a pretensão da companhia de anunciar um acordo para um sócio estratégico ou financeiro em sua geradora de energia CEEE até o final deste ano, conforme apresentado em teleconferência após balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24).

Na ocasião, o executivo afirmou ainda que a CSN está buscando acordos de pré-pagamento de minério de ferro.

Sabesp (SBSP3) realiza empréstimo de R$ 1,06 bilhão com IFC

Sabesp (SBSP3) assinou, no dia 14 de novembro de 2024, contrato de financiamento no valor de R$1,06 bilhão junto a International Finance Corporation (IFC). O financiamento é caracterizado como um Sustainability-Linked Loan.

Os recursos estão sendo direcionados a investimentos em infraestrutura de saneamento básico referentes ao Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Perus (Sistema Oeste e Leste) e às Vertentes 2 e 3 de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, relacionados ao programa Integra Tietê, com o objetivo de aumentar o tratamento de esgotos.

*Com informações de Reuters

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