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Ibovespa (IBOV) tenta manter os 134 mil pontos, digerindo a Super Quarta; 5 coisas para saber ao investir hoje (19)

19 set 2024, 10:16 - atualizado em 19 set 2024, 10:22

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (19) em alta. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,09%, a 133.871 pontos, por volta de 10h09.



O dólar à vista recuava mais de 1% frente ao real nas primeiras negociações desta quinta, com os investidores reagindo à confirmação na véspera do aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta (19)

Copom: ‘contracionista e na contramão’

Ontem (18), o Ibovespa perdeu o patamar dos 134 mil pontos, em meio a uma sessão marcada pela volatilidade, após o Federal Reserve (Fed) cortar sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, colocando-a entre 4,75% e 5% ao ano — a primeira redução significativa em um longo período.

Apesar do impulso positivo vindo do exterior, o mercado local não conseguiu se desvencilhar do pessimismo, principalmente devido à grande expectativa em torno da decisão do Banco Central do Brasil, que veio conforme o esperado: um aumento de 25 pontos-base na Selic, elevando-a para 10,75%.

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o comunicado que acompanhou a decisão trouxe um tom claramente “hawkish” (contracionista), “embora não tenha plenamente atendido às expectativas dos que defendiam três elevações de 50 pontos ainda este ano”.

“Agora, o ritmo e a intensidade dos próximos ajustes na taxa de juros dependerão da evolução da inflação. Além disso, permanecem em destaque as questões fiscais, que continuam sendo um dos principais desafios do Brasil, e o ritmo de cortes de juros nos países desenvolvidos”, aponta.

Spiess pondera que o BC reconheceu o balanço de riscos para a inflação, e agora é assimétrico para cima. Além disso, o documento destacou que o hiato do produto, que estava próximo da neutralidade, se tornou positivo.

“A sugestão de que a economia doméstica está crescendo acima de seu potencial já era amplamente esperada, especialmente após o forte crescimento de 1,4% do PIB no segundo trimestre”, diz.

O fato de a decisão ter sido unânime também foi positivo, evitando a desordem observada em ocasiões anteriores, como em maio. Spiess pondera que esse alinhamento é crucial para a manutenção da credibilidade, especialmente no contexto de transição de liderança no BC, de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípolo.

EUA: o ciclo foi iniciado

Federal Reserve cortou sua taxa de juros em 50 pontos-base na tarde de ontem, ajustando-a para a faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. Apenas um dos membros do comitê votou por um corte mais moderado de 25 pontos-base.

“Contudo, o mais relevante era o início do ciclo de flexibilização monetária e a trajetória futura, mais do que a magnitude do corte inicial”, afirma Matheus Spiess.

O analista aponta que a reação imediata foi relativamente cautelosa, marcada por volatilidade e um movimento de realização de lucros, típico do cenário “sobe no boato e cai no fato” — um clichê, mas ainda aplicável.

No entanto, pondera que o panorama já mudou nesta quinta-feira, com os mercados asiáticos e europeus operando em alta, assim como os futuros americanos, impulsionados pela expectativa de novos cortes à frente e pela confiança de que o Fed está conseguindo afastar o risco de uma recessão. É o tão desejado “soft landing”.

AgroGalaxy (AGXY3) entra com pedido de recuperação judicial

Agrogalaxy (AGXY3) entrou com pedido de recuperação judicial na quarta-feira (18), perto do fechamento do mercado. Na manhã de ontem, o CEO e 5 conselheiros da empresa renunciaram e Eron Martins assumiu o comando. A ação fechou com queda de 13,27%, em R$ 0,98.

O pedido de recuperação judicial busca proteger a companhia e suas subsidiárias para continuarem a cumprir suas obrigações.

A dívida líquida totalizou R$ 1,5 bilhão em junho de 2024, uma redução de 9,8% vs. junho de 2023. 

Vibra Energia (VBBR3) paga R$ 262 milhões em juros sobre o capital próprio

Vibra Energia (VBBR3) anunciou a antecipação de distribuição de remuneração aos acionistas, com o pagamento de R$ 262 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), equivalentes a 0,23413762288 por ação.

Vale lembrar que, no caso de JCP, ocorre a dedução do valor relativo ao imposto de renda retido na fonte (IRRF), na forma da legislação em vigor, exceto para os acionistas comprovadamente imunes e/ou isentos.

O pagamento será realizado até 30 de dezembro de 2025, sem atualização ou correção monetária, com base na posição acionária do dia 23 de setembro de 2024.

Hypera (HYPE3) anuncia pagamento de R$ 123 milhões em juros sobre o capital próprio

Hypera (HYPE3) anunciou, na quarta-feira (18), a distribuição de R$ 123,5 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), equivalentes a R$ 0,19534 por ação ordinária.

O pagamento será realizado até o final de 2025, em data que ainda será divulgada pela Hypera.

Farão juros ao provento acionistas com posição na companhia até o dia 23 de setembro de 2024, sendo que as ações passam a ser negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 24 de setembro.

A companhia afirma que até a data do pagamento não incidirá qualquer atualização monetária sobre o montante declarado.

*Com informações de Reuters

Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.